segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Dois mil e oito

Eu não ligo muito à passagem de ano, a sério que não. Tanto me dá que seja ontem, hoje ou amanhã.
Portanto:
- se tiverem as passas à mão na hora H: comam-nas e desejem (mesmo que não se realize, mesmo que não acreditem...)

- se o champanhe estiver mesmo aí ao lado: bebam, brindem a um ano melhor (mas sobretudo façam e tentem aquela parte do 'ano melhor'!)

- se estiverem com amigos: divirtam-se (e se não estiverem deixem lá, podem festejar depois)

- se se estiver quentinho à lareira ou ao radiador e as passas estiverem longe: comam-nas depois que eu não conto a ninguém e ninguém precisa de saber.

- se não tiverem champanhe em casa: brindem com sumo, com água (isto se calhar não, dizem que dá azar! Mas a mim nunca deu...), com qualquer coisa, porque o que conta é a intenção.

-se não fizerem nada disto, deixem lá...

Eu também acho que não vou fazer.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Mundo nas mãos


Hoje acho que aguento trazer o mundo nas minhas mãos.
Hoje, sejamos sinceros, também acho que aguento tudo.
Hoje devo ter bebido algo que me transformou por dentro. Deve ter sido aquele chá de cheiro esquisito que habitava o armário.
Hoje sinto-me satisfeita com a minha fraca produtividade, com o meu empenho nulo, com as minhas férias no fim.
Hoje estou simplesmente contente por respirar, por passar a tarde a arranjar cogumelos (que já agora, fizeram um jantar espectacular), por comprar quadros bastante giros a 1,8o€...
Hoje o dia correu-me normal, mas mesmo assim, sinto-me feliz.
Hoje tenho a certeza que tenho as pessoas certas ao meu lado, atrás de mim, à minha frente...
Hoje queres apostar algo? Aviso-te já que quem ganha sou eu, e que se não ganhar, te dou o que apostarmos e até embrulho para ficares mais feliz.
Hoje isto 'tá fixe, 'bora aproveitar?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Hoje és tu


Queres um abraço meu? O colo não é grande, mas se precisares de mimo também se arranja.

Não te apetece falar? Não faz mal, eu deixo na mesma a janela aberta. Nem que seja para ler o teu nome mais vezes ou para ver as últimas reticências que usaste.

Correu-te mal o dia? Ontem correu-me a mim e tu estiveste aí, à minha espera. Ouviste até ao fim, desvalorizaste se foi preciso. Não faz mal.

Às vezes é no silêncio que é dita a melhor frase. Às vezes é quando não falas que eu sei o que tu pensas. Mas não fiques calado muito tempo. Fala. Nem que seja para eu saber que ainda te importas.

Não queres estar aqui? Então vamos fugir. Imagina um local novo. Diferente. Eu quero movimentado. Tu queres calado? Não importa, eu vou contigo. Porque hoje quem importa és tu.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Parece que sim


Parece que sim... Recebi o prémio pela segunda vez.
Desta vez dado pelo joaoR. Muito obrigada, a sério.
Agora parece que tenho de escolher mais 7.
Vamos ver:
'Assim me encontro'- De Inês para Inês. Visita diária.
'Banda Anhada'-Merece visita!
'Lá estou eu a divagar'- Pois que o faz muito bem, continue!
'*Come as you are*'- Não sei quem ela are, mas que o faz bem, faz...
'Palavras e(m) silêncio'- Porque esta gaja (esta posso tratar assim que não me bate) é excelente. E escreve bem para xuxu
'O outro lado'- Porque o outro lado pode ser tão interessante quanto este. E só por me escolher já merece outra visita.
O outro fica no bolso. Para todos os que aqui passarem.

Sozinha


Hoje vais discutir sozinha. Vou-te ouvir até ao fim. E não te vou responder. Não vale a pena. Precisas de aliviar, eu sei. Mas também me custa que seja para cima de mim. Por isso, vais falar sozinha. Vou olhar-te nos olhos e ouvir tudo o que tens para dizer, mesmo que saiba que tu sabes que não fui eu a responsável pelo que me acusas. Mas tudo bem. Também mereces um dia assim.

No fim, vou encostar a cabeça no sofá, pôr algo barulhento a tocar mesmo nos meus ouvido e esquecer-me do que acabei de ouvir.

Depois de tudo isso, vou ligar o computador e falar com alguém que não se importe de me ouvir. Felizmente, há sempre alguém para mim.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

E o natal já passou. O jantar foi normal. Os quatro. O bacalhau pouco falou, nós também pouco conversámos. Só me lembrei que era natal quando a Mafalda me disse que ia sair para a missa. Foi aí que reparei que tinha prendas debaixo do pinheiro, que tinha madeiros a arder algures na rua, que tinha uma noite do outro lado da janela, mesmo que cá dentro com uma pequena lareira no coração, o frio estivesse presente.
E abriram-se os presentes. O meu novo pijama, o meu novo mp4, a nova boneca da minha mãe (segundo ela 'muito, muito bonita'), o novo cd do meu pai (posto logo a tocar, 'só para ver se funcionava'), os novos peluches da minha mana (dois macacos, 'inseparáveis para sempre, como eu e tu'), uma casa para as barbies e mais uns pequenos beijos nas faces rosadas pelo calor gélido que vinha da pequena lareira.

Hoje, natal a sério, veio o meu avô almoçar. Trazia com ele 'uma lembrancinha da tua madrinha' Não precisava. O que eu queria não me dá a lembrança. O que eu queria ficou na lareira grande da tua casa, avô. Naquele natal de plástico, mesmo assim muito melhor que este.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal


Feliz Natal a todos os que por aqui passaram, os que ainda passam e os que passarão.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Filhós


É sem dúvida o meu doce preferido de natal.

A minha avó também fazia. Algumas sem açúcar. Enquanto toda a gente as polvilhava com açúcar, eu fugia para a cozinha e polvilhava-as com sal. No fim de um natal apanhei a minha avó a fazer exactamente mesmo. Afinal não era só eu. Mais ninguém fazia assim. Agora já não há filhós da avó. E as que há já não cheiram a filhós e já não sabem as filhós da avó.

Mesmo assim continuo a comê-las. Fecho muito os olhos, tapo as orelhas e imagino-me na cozinha da minha avó, com a filhó na mão e o sal na outra.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Xi-coração


Amanhã se me vires com os olhos no chão,
Atravessa e vem-me dar um xi-coração.

Amanhã se me vires vem dizer-me de perto,
Que gostas de mim e que isso é certo.

Amanhã se me vires tem a certeza
Que é culpa do natal esta tristeza.

Amanhã se me vires vem fazer-me rir
Nem que seja baixinho, só para descontrair.

Coração

Hoje não sei escrever, dói-me o coração.

A propósito, a música é Hey There Delilah dos Plain White T's , eu gosto mesmo é do video...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Eu gosto muito de ti

Já tinha pensado em dizer-lhe isso várias vezes. Preparava a frase de modo a ela aparecer no meio da conversa como se fosse 'e é por isso que gosto muito de ti' ou então podia apanhar a pessoa de repente e dizer-lhe 'já te disse que gosto muito de ti' ou ainda no fim da conversa, nas despedidas 'Adeus, até logo, gosto muito de ti'.

Mas a verdade é que na hora H, quando era mesmo aquele o momento do eu gosto muito de ti, o momento em que os escritores escrevem isso nas suas histórias, o momento em que os personagens das novelas dizem aos seus amados eu gosto muito de ti, na história da vida real isso falhava-lhe. Ficava perro, não saía. E aí, balbuciava qualquer coisa, engasgava-se com a própria saliva, tricava a língua, apertava-se o coração e o eu gosto muito de ti ficava preso entre os dois dentes lá de trás.

Ainda hoje lhe acontece, mas agora solucionou o problema. Aproveita uma piada qualquer, finge-se criança, mostra-se palhaço e aí no meio, quando a outra pessoa já está tão distraída e amarrada ao riso, ela aproveita e naquele mínimo instante solta o eu gosto muito de ti.

Depois de o conseguir, acalma a respiração, vê que ninguém reparou, perde o vermelho nas faces, e fica satisfeito porque o disse, o eu gosto muito de ti.

ps: escrito para todos aqueles de quem eu gosto muito incluindo marias papoilas (meninas )e mários cravos(meninos).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Eram seis da tarde, domingo quente.
Ela tinha acabado de chorar há pouco tempo, ainda soluçava, uma senhora de bata branca embalava-a no berço e dizia baixinho 'chiuu, dorme bebé', vezes sem conta. Eu estava um bocado atrapalhada. A minha mãe sorria e o meu pai chorava. A primeira vez que vi o meu pai chorar e a minha mãe rir assim. E eu, cada vez mais atrapalhada aproximei-me do berço. Tropecei na cama da minha mãe que estava cheia de frio e a bebé choramingou. Calou-se depressa. Continuei, só lhe via um bocadinho, estava coberta por um lençol branco com umas risquinhas azuis. Cheirava tudo a hospital, um cheiro que sempre me exigiu respeito e me atraiu. Pus-me em biquinhos de pé e vi-lhe o rosto. Rosa, carmim. Cheguei-me mais perto, e em voz baixa como tudo naquele quarto, disse-lhe com voz tremelicante "Olá bebé, a tua mana sou eu".
Reparei hoje que se fosse esperta poderia ganhar uma pipa de massa a adivinhar o tempo. O meu joelho nunca falha. Ontem à noite doía-me para caraças, passo a expressão, hoje chuvinha todo o dia.

Até dava jeito, que eu armei-me em mãe natal e fiquei com os bolsos um bocado vazios, agora só lá trago os buracos!



O L. não sabe, mas esta foi a minha melhor prenda.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Pés à lareira


Se há coisa que me diverte é olhar o lume.

Apreciar o movimento da chama. A cor.

Sentir o quente, até ficar com calor. A queimar.

Mover a lenha e a chama... Apagar.

Dar mais um toque.

Ver a chama reacender. A luz.

Apagar as luzes todas. E admirar.

E não resistir. Aproximar a mão.

Sentir o morno. O quente. O queimar.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Pode ser que...

Pode ser que este natal nem seja mau de todo.
Pode ser que não comece a ficar mal disposta, nervosa, reticente e afins uma semana antes da data.
Pode ser que me habitue a esta nova forma de passar a quadra.
Pode ser que até me divirta.
Pode ser que se torne especial.
Pode ser que fique na memória como um dos menos maus (melhor que aqueles... nunca será).
Pode ser que não chore durante toda a noite de 24/25 como já fiz.
Pode ser que a melancolia não chegue a tempo.
Pode ser que sim...
Pode ser que...

Ps: eu bem tento escrever algo de jeito, eu bem tento não me sentir triste, em baixo ou a deprimir (palavra preferida da prima Márcia lá de Cuiabá), mas não consigo.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Rádio

Eu e o rádio temos um ritual.
Ligo-o assim que acordo e ouço durante todo o dia.
Mas, assim que acabo de jantar desligo-o.
Faço isto há anos. A partir da hora de jantar o som do rádio torna-se insuportável e por mais que tente acabo sempre por desligá-lo.
Assim que acordo, antes mesmo de abrir os olhos ou calar o meu despertador, ligo-o.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Há dias assim

Ontem correu-me bem. Foi o último dia de aulas neste ano 2007. À noite fui jantar com duas das minhas melhores amigas ao c.c. novo cá do sítio. Elas são mesmo aquelas que aturam as piadolas todas, os risos, as bocas, as teimas, as neuras, os histerismos. Diverti-me como uma criança numa loja de bibelots, com a diferença de eu poder partir os bibelots todinhos. Corremos as lojas todas. Ou quase. Fui ingenuamente feliz naquele bocadinho. Como gostava de me sentir assim mais vezes, com mais amigos daqueles do coração. Aquele jantar nem era para ser assim. Era para ter mais colegas, um grupinho engraçado lá da escola. Esquivaram-se à última e fomos só as três. Bem melhor assim.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Brilhozinho nos olhos


Era assim todas as manhãs de férias. Acordavamos tarde o suficiente para ainda estar tudo a dormir. Desciamos as escadas à pressa e fechávamos a porta ao cimo das escadas. Escondiamos a gargalhada por baixo da concentração de descer as escadas sem fazer barulho. Cá em baixo fazíamos o pequeno-almoço. Desperdiçávamos meio pacote de leite, que com a abertura difícil tornava impossível a tarefa de rir ao mesmo tempo, comíamos meio pacote de bolachas de chocolate. Era nessa altura que chegava a minha mãe, com a voz ainda de sono. Ria-se de tanto disparate, ralhava um bocadinho e comia connosco. Depois, depois... Depois vinha a visita à outra avó que morava do outro lado da aldeia. A mãe do pai. Beijinhos. E regressava-se. Por um caminho sem carros, mas com carroças (agora tractores), com flores nos paseios que estavam livres, com estrumes, e palhas, e risos, e labirintos. Agora apagou-se a luz. São menos os risos, menos as bolachas, menos o leite desperdiçado, menos carroças mas também menos tractores, menos visitas à outra avó porque também há menos visitas à casa desta (onde dormia sempre bem e acordava sempre cedo) que já partiu. Mesmo assim a memória não se apaga. Ainda ouço o 'Vens lá cara linda?', o 'bom-dia menina, bonita que está hoje!', o 'olá minha neta', ouço com o coração. Ouve-se sempre melhor assim.
PS: a imagem podia ser uma foto, mas as fotos, como todas nestas situações, são demasiado pessoais. Imaginem como era bom. Que era... Muito mesmo.

Não sei


Não sei que hei-de escrever. Ando meia desinspirada.

Ontem até me sentei à lareira à procura de algum tema, mas acabei por adormecer ali. Depois de devorar meio livro já lido e relido umas 3 vezes nas últimas duas semanas.

PS: A imagem é do dito livro: 'Deixei o meu Coração em África'.
PS2: Já houve mais dias assim, exemplo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Natal


Os meus pêsames a todos aqueles que dos quatro canais, escolheram a TVI como companhia da sua tarde. Não há paciência para festinhas de Natal.

MUDEM O DISCO

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Carácter

Hoje sinto-me ferida. Nada de mais. Já me tinha doído assim, mas tinha sido sempre apanhada de raspão, curou depressa e foi esquecida. Hoje tenho a ferida quente. Apetece-me fazer-te um discurso e pôr-te a cara de lado. Apetece-me mostrar-te o que é ser coerente, bem agradecido, ter noção de respeito e de integridade. Senti que me tinhas cuspido na cara, que tinhas (como dizem os velhos) mordido a mão que te deu de comer. Para que perceba quem ler isto, para que eu entenda porque me sinto assim, vou tentar resumir a história o suficiente para se perceber o essencial e se focarem os pontos.

Hoje estava a chegar à sala onde ia ter aula e já lá estavam algumas pessoas. A minha turma não é muito unida mas mesmo assim, achava que tinha lá pessoas com as quais poderia vir a ter uma amizade. Longe da verdade, muito longe... Como é normal ficámos tipo em 'roda' à conversa, sobre nada, o custume. É nessa altura que chega um rapaz da minha turma, que eu achava até digno de confiança, com um molho de fotocópias de um teste antigo da professora com a qual vou fazer teste amanhã. Deu fotocópias a alguns, e escondeu uma na mala. Nem me mostrou, embora tenha passeado as ditas à volta do meu nariz, nem me escondeu.



Sim, isto não tem nada de mal, provavelmente nem aceitaria caso ele mas desse a mim, mas mesmo assim custou-me.Eu tinha-lhe dito qual era a matéria provável que saisse em avaliação, eu ajudo toda a gente na turma quando me pedem... Não consigo conceber que me façam isso.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Susana Félix - (bem) na minha mão

Prémio

Recebi um premiozinho da Inês. Como eu percebo muito destas coisinhas, aqui ficam as regras:

1.º Indicar quem foi que atribuiu o prémio, já disse.
2.º Atribuir o prémio a 7 blogs que considere que até nem são maus blogs…Não leio blogs suficientes para tal, e não atribuo nada, por enquanto.
3.º Fazer referência ao criador deste prémio. cridor foi Skynet.

Não meto tag, mas o momento é solene. Palmas!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Café


O café sempre exerceu uma grande influência sobre mim. Deixava-me quase inebriada. Quando era pequena e ia de manhã ao café com a minha mãe, adorava ser eu a mexer-lhe o café com aquelas colherinhas pequenas. Sentir o cheiro do café bem tirado, às vezes com o pauzinho de canela que sempre me seduziu. Era quase um ritual. Pôr meio pacote de açúcar e (conforme a vontade da minha mãe) mexer o café. Quando ela voltava costas para pagar, eu tirava a colherinha da chávena e sorvia rapidamente aquele líquido espesso, levemente amargo, subitamente quente. E como gostava...

Ontem estavamos na conversa, eu e a minha mãe, e ela disse-me que sempre soube que eu roubava aquela pequena colherinha da poção mágica que ela bebia. E acreditam que neguei? Continua a ser o meu segredo, oculto. O café fascina-me. O cheiro. O sabor. Sabe-me a corridas de pés descalços em estradas de terra batida, sabe-me a banhos no grande alguidar da minha avó, sabe-me a gelados de banana da minha tia brasileira, sabe-me a beijinhos do meu avô, sabe-me a euforias, sabe-me a encantos, sabe-me a liberdade, sabe-me a poder, sabe-me a mistério, sabe-me a paixão. É café.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Rob Thomas. Little Wonders

Eu avisei que isto ia andar de pantanas. Eu avisei...
Uma musiquinha. Adoro estes desenhos animados. Vou comprar o dvd para a minha mana, mas suponho que o vá ver sempre sozinha. ahah.



Rob Thomas - Little Wonders

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A única coisa que me fez rir à grande hoje

Não me perguntem porquê, mas ri-me até às lágrimas depois de ouvir esta música, com o video. É super descarado. Este tipo tem uma noção fabulosa de espectáculo. Não que eu perceba muito do assunto.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fotografias


Nunca gostei muito de fotografia. Odeio aquelas fotos de casamentos, baptizados, festas, e afins. Onde está tudo à espera do flash da máquina agora digital. Continuo a preferir guardar cá dentro. No coração, na cabeça. Só aí fica registado o que senti na altura, seja quando a mãe partiu a fatia de bolo, quando a mana chorou com a água que o padre deitou (em que eu disse ao avô que quando fosse grande ia bater no padre, ninguém molha a minha irmã!), quando recebi o diploma da escola primária...

Agora percebo porque é utilizada como arte, percebo também o prazer que me dá desfocar fotos, pô-las a preto e branco, em tons de castanho, no fundo do ambiente de trabalho do computador. Mesmo assim não gosto de ver fotografias, não gosto de pegar no album e ver-me sentada ao volante do carro amarelo que o meu pai tinha, não gosto de ver os meus avós novinhos e pensar que nesta altura não aproveitei o que devia, não gosto de ver fotografias de amigos todos bonitos e pensar que podia não os ter vindo a conhecer. Não gosto de ver nem gosto de me ver.

Também descobri que adoro os vinte minutos que perco à procura de imagem que complete o que escrevo aqui, e que quase sempre ponho fotografia.

Acho que o problema é ver que toda a gente anda entusiasmada com fotografias, com máquinas xpto (xispêtêó), com efeitos mirabolantes. Eu se fotografo é porque me apetece, Como só digo o que penso quando me apetece, como só como se me apetece, como tu só lês se te apetece. Como isso.
Ps: esta imagem, parece foto, não sei se é. Como quase todas as que tenho guardadas foram tiradas de um sítio na net, de um blog, de um lado qualquer. Também não sei se tem a ver com o que escrevi. Mas já estava a pensar nela antes disto.

Vou escrever sobre ti.


Não te dou dois beijos quando nos encontramos. Vimo-nos todos os dias. Chamo-te 'monga' quando quero dizer que é importante aquilo que pensas e que me dizes. Fazes o mesmo. Completas as minhas frases, acho que até os meus pensamentos. De certa forma és da casa. Somos independentes, mas mesmo assim, sou mais dependente de ti. Sempre sobreviveste sem precisar de ninguém. Disse que ia escrever sobre ti um dia, no blog, disseste-me para não o fazer. Só para te provar que faço o que quero, e que agora me estava a apetecer escrever sobre ti, aqui fica. Não digo nada de mais, nada em nós é dito, nunca foi preciso.
Para complicar disseste que era escritora (filosofias tuas, para variar). Assustaste-me. 'Pera lá, será que a gaja se enganou? Eu escritora? Eu mando 'postas de pescada' para o ar, digo aquilo que penso, escrevo bonito para mim. Mostrava-te o que aqui escrevia só numa de ter a certeza que não lia isto sozinha. Fizeste-me ter consciência que não estava preparada para receber elogios. Não lido bem com eles. Fazem-me comichão nas pontas dos dedos, atrapalham a maneira como passo os olhos pelas coisas.
Agora ficas com um raio de um texto sobre ti, mas esta coisa nem sentido tem. Como tudo o que penso quando aqui escrevo, vem à minha velocidade. Nem o vou ler de novo para não cair na tentação de o apagar.

Mostrei-te antes de publicar, não sabia se ias gostar.
Antes de ontem ia sendo atropelada. Nem consigo perceber muito bem o que se passou. Parei no passeio. Os carros pararam, comecei a atravessar. Mas esqueci-me que a rua tem duas vias para cada lado. Uma senhora parou para me deixar passar, eu comecei a andar, e uma aventesma (é assim que se diz na minha terra!, palerma, tola, néscia) ultrapassa a que tava parada. Eu acho que nem me dei conta disto. Mas a que tinha parado apercebeu-se e começou a apitar, a outra parou e eu fiquei assim tipo 'que é que ia acontecendo aqui?'. Não me aconteceu nada. Acho que a gaja que fez a asneira de ultrapassar é colega da minha mãe, aliás, tenho a certeza mas nem me apetece pensar nisto. Que se lixe.

Hoje foi o meu pai. Não ia sendo atropelado, foi mesmo. Não aconteceu nada de grave, coisas do ofício. Chegou a casa mais cedo que o costume e disse ' Boa noite, fui atropelado mas está tudo bem.', eu ri-me, nem acreditei. Mas foi, trazia o papel para o seguro na mão.

Sem nada I

Tenho andado desinspirada.
Está a chegar a altura do trabalho e tal... Preparem-se para ver isto de pantanas.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Desafio

O meu primeiro desafio:

(copiar, colar):
1. Pegar um livro próximo (NÃO PROCURAR);
2. Abrir na página 161;
3. Procurar a 5ª frase completa;
4. Postar essa frase no seu blog;
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6. Repassar para outros 5 blogs.


O livro que tinha à mão era e é, que ainda cá continua: Deixei o meu Coração em África, de Manuel Arouca. Vou muito no início, nem sei se vou gostar...

A frase é: "No bar, uma sala espaçosa, bebiam-se as mais variadas bebidas, muitas que não se podiam beber na metrópole como, por exemplo, a Coca Cola e águas francesas como a Perrier e a Vichy."

Não passo a ninguém porque ainda não leio blogs suficientes para poder escolher , mas obrigada joaor por te teres lembrado de mim.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Parabéns

Hoje o meu avô fez anos. Liguei-lhe. Um telefonema vazio. Suspiros. Ele suspirou o que pensou e o que queria dizer, fiz o mesmo. Mas sabes avô, nunca te disse, mas gosto muito de ti. Suspirei também, espero que tenhas percebido o que te quis dizer. Sempre foste o meu avô. O meu primeiro relógio, o meu primeiro triciclo, a minha primeira relação de longo curso. Amo-te.


Sei que nunca vai ler isto, mas ao menos eu sei que escondida lho disse, já que de frente não consigo. É demasiado profundo para se dizer, na minha família não se diz o que se sente. Mas eu vou ganhar coragem, e quando o vir, vou abraçá-lo, suspirar ainda mais fundo, ele assim vai perceber de certeza.

Dia Maomenos

Tirei isto daqui. Adequa-se ao que sinto hoje. Culpa minha.

O coração devia vir em puzzle. Só juntávamos as peças que dessem jeito. A tua ficaria na mesa. Agora pesas-me, e atrasas-me o pensamento. Moldas-me a visão. Não quero que a tua peça seja esta. Culpa tua.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Obrigada

xico diz (21:55):

so uma coisa

xico diz (21:55):

tu es mais k mt pa eu

Fiquei à beira das lágrimas

Morreu a mãe de um amigo meu. Amigo... Foi meu professor, sempre disse que não gostava dele mas, a verdade, é que desde que deixou de ser meu professor que lhe ganhei imensa afeição. Tem idade para ser meu avô. Percebe muito mais que eu de muitas mais coisas que eu, sinto-me uma criancinha ao pé dele.
Mesmo assim, ainda não tive coragem para lhe ir dar os sentimentos... Não sei como chegar ao pé dele e dizer que lamento imenso... Amanhã hei-de ganhar coragem.

domingo, 25 de novembro de 2007

Desculpa


Tornava-te a pedir mais mil vezes. Mais duas mil se necessário fosse.

Só queria isto.
Desculpa.

Manic Monday



It's just another manic Monday
I wish it was Sunday
Cause that's my fun day
I don't have to run day
It's just another manic Monday

Estava a ver-te ou estava a olhar-te, acredita que faz diferença.

Quando olho para ti retenho apenas os teus traços gerais, reparo que és alto, que tens um rosto quadrado e pouco mais... Mas quando te olho, não te vejo. Quando olho não noto o brilho dos teus olhos, não noto a maneira ágil como te viraste ao som da minha voz, não noto o teu queixo tremer quando no meio das nossas conversas as lágrimas se instalam. Mas fixo os meus olhos em ti, capto um pouco da tua ansiedade e prendo-te na minha cabeça, retenho o que vi. Consigo reconstituir-te à minha maneira, realço o que tens de melhor.

Vês como te vi? Vi-te por dentro e vi-te por fora.

Se só te olhasse tinha perdido o melhor... Tinha-te perdido a ti.

sábado, 24 de novembro de 2007


Estava a fazer compras, comprar peixe para o almoço de amanhã, e houve uma pergunta que me preencheu as ideias:

Como fazem as peixeiras quando lhes dá a vontade de coçar o nariz? Coçam com a barbatana do peixe? Levam a luva ao nariz?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Afónica


Como a coisa ontem não estava suficientemente complicada, hoje acordei rouca.

Fiz a apresentação oral, a tal que vale 25%. São nove da noite e a única coisa que sai pela minha boca é ar... Estou completamente afónica.

Ah, e para piorar chateei-me com um amigo.

Correu-me muito bem hoje o dia...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Constipação

Ontem deitei-me normalmente, não me doía nada.


Acordei neste brilhante estado:




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E agora estou tentada a fazer isto:






















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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tina Turner



Esta senhora é daquele tipo de mulheres que tinha de ser famosa. Se não fosse bela sua poderosa voz, seria pelas suas incríveis pernas.
Dá para perceber o que falo logo no início do vídeo.


So, "Ladys and gentlemen, miss Tina Turner"

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Cantar


Tenho umas saudades imensas de cantar e de ler música.

Não devia ter saído do coro em que cantava. Mas a estupidez faz-nos tomar atitudes destas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Limão.

http://radiocomercial.clix.pt/animar/testes/gelados/index.aspx




Espectaculares todos.
Sou assustadoramente fria, já mo tinham dito.
Digam-me os resultados, vá vá!

domingo, 18 de novembro de 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Conhecem?

eu:
Estás a ver aquelas tartes de maçã do mc donald's que ninguém lhes dá mais que um euro?
Ando com tanta vontade que hoje pagava cinco por uma!
ele:
Se estás assim... Ou tens muito dinheiro e não sabes o que lhe fazer, ou então elas são mesmo boas!
eu:
Adoraria dizer a primeira, mas é a segunda.
ele:
Ah, bem me parecia. Mas podes-me dar os cinco euros na mesma.

Eu não dei os cinco. Ele não ma comprou. Eu fiquei com vontade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ponto sem retorno

Estou à demasiado tempo a fazer o que acho que devo e não o que me apetece. Não é traumático, mas enervante.
Sou filha, sou colega, sou irmã, sou aquela que que não sai e que 'marra', que 'estuda até cair' (não sou as últimas 2, mas há quem pense e faça de modo a que eu perceba que me acha como tal).
E o pior é que embora gostasse de ter um belo grupo de amigos, não devo estar preparada para isso. Nunca fiz o que os outros fizeram com a minha idade. No início por ser demasiado reservada, depois por vergonha de ainda não ter experimentado a coisa anterior e eles já estarem adiante, e agora sou assim.
Enquanto toda a gente brincou no jardim de infância e até gostou de lá andar, eu nunca tive sequer amigos e dei-me bastante mal com a educadora (escolhida a dedo). Toda a gente teve grandes amigos na primária, eu também os tive, só que... Eles começaram com festas de anos, às quais não fui, eles fizeram peças de teatro nas quais não entrei e eles ficaram um grupo unido, no qual nao entrei.
Foi o normal. Hoje, continuo atrás da maré.
Sou a que ajuda nos tpc's, nos trabalhos, nos problemas pessoais, no gozo. A que para aliviar solta a gargalhada, esconde o medo de perder a graça. Mas não sirvo para mais. Tenho 2 pessoas qua acho que sim. Se cair, sei que me devem apanhar do chão. Só que.. será que caio a tempo?
O que vale é que está um belo tempo e eu agora vou arejar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Perfume


Gosto bastante de perfumes. Gosto de perfumes que falam. Que dizem coisas acerca das pessoas que os usam. Gosto dos cheiros que perduram o dia todo, mesmo que só ponha um bocadinho de manhã. Gosto quando as pessoas se aproximam e lhes sinto o perfume. É também frequente associar as pessoas aos perfumes que usam. E é muito bom quando aqueles que nós gostamos deixam o seu perfume no ar, depois de nos despedirmos.


Dizem isto do meu, num site qualquer:

O Hugo Boss Deep Red é feito da mais pura essencia do amor. Capaz de levar você a lugares fantásticos, com o seu perfume inconfundível. Exclusivo para pessoas de carácter forte e personalidade, que buscam sempre o melhor para os outros e para si mesmo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Transgénicos


Estou a fazer um trabalho com transgénicos, organismos geneticamente modificados, OGM, como lhes quiserem chamar. Vantagens, desvantagens, e assim por diante.

Além de me fazer imensa confusão haver muito pouca informação inteligente acerca do tema, faz-me também impressão a que há ser tão repetida.


ps: a imagem não presta. Mostro melhor quando as encontrar!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Árvore mãe


Era uma mãe atenciosa, tratava todas as filhas por igual. Oferecia-lhes vestidos verdes do tom que preferissem, alimentava-as, passeavas pela brisa, mostrava-lhes as estrelas na noite e as nuvens brancas do dia. Mas ela sabia que quando o vento lhes assobiasse elas não iam resistir. Para as tornar confusas ofereceu a cada uma um vestido mais bonito que o da irmã. Uma verde. Uma amarela. Uma vermelha. Uma dourada. Uma castanha. Outra assim. Não foi suficiente. O vento chegou e cantou-lhes aquela música que até a nós nos faz dançar. Fê-las sentirem-se ainda mais leves e querer dançar com o vento. Elas, ingénuas em relação à verdadeira intenção do vento, deixaram-se seduzir. Foram na cantiga. Bailaram até ao chão. Nessa altura o vento desapareceu. Só as queria afastar da mãe. E agora estavam ao seu pé. Choravam pelo perdão e pediam para regressar, para lhe tornar a dar a mão e para lhe vestir o velho vestido verde. A mãe disse que não. Não se volta atrás.

Sofá

É tão bom não fazer nada...
Os meus livros também ficaram ao lado do sofá. Nem cheguei a abri-los.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ego


Uma saia curta e um sapatinho bonito fazem milagres pela minha auto-estima.

Fiquei fã do look.
ps: não sou ruiva, aquela saia não é curta, não tenho cabelo assim e ela ainda é mais magra que eu.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Está aí!

Chegou a minha estação preferida. Agora já se pode dizer que estamos no OUTONO!

Folhas amarelas.
Castanhas.
Folhas vermelhas.
Romãs.
Lareira acesa.
Cobertor na cama.
Folhas douradas.
Casaco.
Entre outras coisas.

Perguiça

Estou ultra-perguiçosa. Vou fazer isto aqui.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Chama-se euforia

Ao fim de um longo dia, chegar a casa cansada, feliz e a dançar.

*não encontrei imagem que se adequasse

domingo, 4 de novembro de 2007

Lista de coisas

Que nunca fiz:
Parapente

Jogar FIFA
Jogar snooker
Jogar ténis

Viajar à grande

Dormir em hotéis

Sair sem hora de chegada

Comer comida mexicana

Fazer voluntariado


Que quero repetir:
Tocar um instrumento

Andar despreocupada
Correr todos os dias

Deixar crescer o cabelo (brincadeirinha. hihi)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Escrever


Ando desinspirada
Nada que escrevo me agrada.


Ando parvinha
E o porquê ninguém adivinha.


Ando cansada
De testes, trabalhos, de tudo e de nada.


Mas vai melhorar
Acreditas ou queres apostar?

Toda a gente achou fantástico

Toda a gente me falava do espectáculo que era o Codex 632 motivo pelo qual li todos menos esse. E sinceramente adoro a maneira como escreve o José Rodrigues dos Santos, se bem que o que escreve às vezes deixa a desejar...
Adorei a Fórmula de Deus, li e gostei de A Filha do Capitão, não gostei mas li A Ilha das Trevas e li e decepcionei-me com o Codex. Deve ser por toda a gente ter achado um espectáculo.
Agora vou comprar o novo, Sétimo selo ou coisa que lhe valha.
Espero gostar =/

(não consigo pôr imagens)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hoje é

Hoje é 1 de Novembro. Não ligo a datas. Não me importo que seja. Mas este dia aleja, dói-me.
Estejas onde estiveres, pensei em ti vó.

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
(Mário de Sá Carneiro)
Anda tudo a correr-me mal.
Muito, muito, muito mal mesmo.


Amy Winehouse.
A voz dela deprime-me.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O QUE EU OUVI!

Na quinta-feira estavam umas miúdas à porta da escola, suficientemente perto para ouvir a barbaridade do que diziam... É o que dá juntarem ao ensino secundário o terceiro ciclo do básico.
Então diziam as ditas que:
A agricultura é a actividade que consiste em comer a terra.

e que...

A xenofobia é o racismo contra estrangeiros.

Fiquei chocada. Como podemos ser alguém no futuro quando dizemos essas barbaridades num 9.º ano?

sábado, 27 de outubro de 2007

Uma hora a mais

Amanhã durmo mais uma hora...
É pena não aumentar todos os dias mais uma.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Desculpa-me

Odeio chatear-me com as pessoas e odeio que as pessoas fiquem chateadas comigo. Ainda mais quando sei que não era minha intenção magoar e considero que fui mal interpretada, só que também sei que é complicado acreditarmos nos outros cegamente, que desconfiamos, que nos fartamos de ser sacos de pancada e de boxe e que por isso, às vezes calamos, ferimos com o silêncio e com a indiferença.
Não quero escrever mais nada. Espero ser desculpada.
Hoje correu-me isto muito mal.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Mendigo

No outro dia estava sentada na varanda, coisa que acontece quando ando demasiado cansada dos barulhos de casa, e pus-me a pensar nas minhas férias de verão, em especial na quinzena que passei em Portimão.
Normalmente durante esses 15 dias não me apercebo de nada do que está à minha volta, mas este ano havia um mendigo lá na marginal que me fascinou.
Nós temos uma ideia de mendigo real, mas aquele mendigo tinha uma postura de senhor, um ar de lorde que nem as roupas velhas e rasgadas, que nem o olhar alucinado ou a cara curtida do sol conseguiam fazer-me acreditar que ele ali estava e que era 'um perdido no tempo e no espaço'.
Devia ser velho, devia porque não lhe conheço a idade e a bem ver, não lhe conheço coisa nenhuma, apenas o que vi e o que lhe imaginei.
Era irlandês, isso sei que era... Perguntava aos irlandeses se tinham dinheiro, uns trocos. Meteu-se comigo quando deixei cair a nota para pagar os jornais, correu atrás de mim e deu-ma. Podia ter ficado com ela, eu nem saberia, nunca saberia que ele ma tinha tirado. Mas não. Ele devolveu-ma, tirou o chapéu e fez-me uma vénia no final. Apeteceu-me rir, apeteceu-me corar, apeteceu-me..., mas tava tão abismada com a possibilidade de o ver de perto que nem isso consegui. Parecia ainda mais velho de perto, um sorriso luminoso, uma cara sapiente.
Mas que sei eu? Gostava muito de lhe conhecer a história, mas gosto muito de lhe conhecer o mistério.

Tenham dó de mim e do GATO!

Eu bem tento, mas este anúncio é de mais para a minha cabecinha...

Por isso, tenham pena de mim e do GATO e liguem em caso de extrema necessidade para o DEZOITO VINTE!

Estou de volta!

Aleluia que estou de volta!
Alterei o serviço da net, consequência: como eu percebo muito do assunto estive uma semana incontactável com os mistérios da internet. Uma tristeza...
Era ver qualquer coisa em qualquer lado e dar-me uma vontade enormíssima de vir escrever...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

domingo, 14 de outubro de 2007


Há dias em que o egocentrismo toma conta de mim. Recuso-me a fazer outra coisa que não seja limpar o pó ao meu umbigo. É um desses dias.

Tem cuidado tira a teima

Clã- Tira a teima

Fico sempre com isto na cabeça.

'Tem cuidado tira a teima,

porque aquilo que sou,

fere, rasga e queima'

sábado, 13 de outubro de 2007

Filosofias e Psicologias


Estava aqui a pensar numa expressão que a personagem Temperance Brennan , da série Bones (Ossos, em português), costuma utilizar. Diz ela que "não acredito em psicologia". Pois eu acho que acredito no que ela diz, com uma agravante, embora costume filosofar na cadeira de verga que colo ao vidro da varanda, eu não acredito em filosofias. Acho que acredito em racionalizar, até consigo achar credível o instinto, mas isso de esteriótipos, isso de haver gavetas e ficheiros onde cabem todas as pessoas e formas de ser é de mais para a minha cabeça.

Não acho que somos todos peças de um mesmo puzzle. Acho aliás, que todos nós vimos com um defeito qualquer. Há maior prova disso, que a sociedade?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A minha sexta-feira à noite





O primeiro é o bubble-shooter (olá, muito prazer), o segundo o bejeweled (como vai, muito gosto).

Eu? Eu não tenho medo de envelhercer!


Mentira. Mentira de quem o diz e mentira de quem diz que o sente.

Como é possível dizer-se tal coisa?

Envelhecer implica muito mais que as rugas e os cabelos brancos, e por mais cabeça que se tenha (e eu acredito que a maioria das pessoas tem uma grande cabeça, utopia...) há coisas às quais não somos capazes de dar a volta.

Quando penso numa velhinha (sinto a palavra 'idoso' como um palavrão pejorativo de velho, não mosta respeito, mas esconde a farsa que se vive na sociedade actual), penso numa mulher pequena e curvada para o chão, olhar perdido e expressão triste, marcada pelos trabalhos que teve no campo, pela amargura da vida e monotonamente só.

É disso que acho que todos têm medo, mas todos, absolutamente todos, o escondem. Têm medo da perda de capacidade de sonhar, de serem surpreendidos pela vida e pelas pessoas, de sentir a solidão, de não conseguirem manter-se actualizados. De não ser capaz de contar os trocos, de não ser capaz de manter o fogão desligado, a torneira fechada, de atravessar a rua, de manter uma conversa, e raciocinar.

Porque ainda não existem máquinas que pensem por nós, porque nessa altura perdemos a nossa independência, deixamos de ser pessoas e passamos a ser a mãe que é preciso pôr no lar, passamos a ser a avó senil que não percebe nada da nova playstation, passamos a dar trabalho e a exigir o que não somos capazes de dar, tranquilidade.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Em relaçao à Ana Carolina

Achava-a parecida com alguém... Mas não sabia se tinha razão de ser ou era só mesmo impressão. Agora já descobri. É muito parecida com uma professora de física e química que eu tinha. A primeira professora 'à séria' de química que eu tive. Hoje em dia (já não vejo a senhora à muito tempo...) adoro química e amo física, não sei se é por ela se não...

Grande voz

Ana Carolina

terça-feira, 9 de outubro de 2007


E foi o trabalho da jornalista nesse dia
Amanhã venha outro
Do que ouvi na televisão uma das questões
É que é preciso erradicar uma coisa qualqer
Que tem a ver com o racismo
E pelos vistps é grave a gente aqui dizer que uns são pretos ou monhés ou brancos ou russos ou marrocans
Nem mesmo ciganos
Não sabia que não se diz ciganos
Não se deve dizer ciganos porque é racismo
(...)
A maneira correcta é indivíduo de raça negra
E os pretos não são pretos são de raça negra
E eu fico a pensar mas que caralho
(...)
Não se distinguem as pessoas pelas raízes
Mas a verdade é que se há um naufrágio não sei onde
A mesma gaja da televisão que parecia aqui ofendia
Diz aos gritos que morreram para aí três
E depois num parágrafo cá para baixo
Que morreram centenas de outros
Provavelmente pretos
De certeza pretos
Ou monhés ou marrocans
E vão a correr filmar as mães dos portugas a chorar
As mães dos monhés que se fodam
(...)

Querias um textinho arrumadinho
(...)
Querias ler como se escreve
Mas eu não sei escrever só sei pensar.


RODRIGO GUEDES DE CARVALHO (letras maiúsculas porque ele merece)

in Canário

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Hoje senti saudades. Não aquelas saudades que passam. Foi mesmo daquelas saudades que magoam até provocar as lágrimas, as que puxam uma corda e atam a garganta, as que te fazem tremer de raiva, de impotência, de tristeza, de solidão.
Nunca tinha sentido isso. Normalmente digo que nunca sinto saudades, é a melhor forma de me escapar delas. Mas tenho, muitas acumuladas até. Escondidas atrás da alma. Lá bem no fundo. Num lugar em que perdem o sentido e se esquecem. Hoje pediram para vir à tona. Hoje pediram para respirar. E senti saudade. Chorei por saudades como nunca me deixo chorar. Chorei por impotência como sempre me recuso a aceitar. Senti-me triste. Pisada por pés enormes que me deixam sem norte e sem sul, sem sol e sem ar.

Não consigo dizer mais nada, acabo isto em lágrimas e sem apagar uma virgula. Isto hoje não dá para mais....

domingo, 7 de outubro de 2007

A máquina fotográfica faz-me sentir assim


Sabes quando tentas conversar com alguém e a conversa não flui? E um diz 'é assim...' e outro 'pois é...' e no fim, 'hum hum'? Fica um clima estranho? Odeio só mais isso, eu sei que sou um bocado envergonhada... mas isso é demais até para mim!

sábado, 6 de outubro de 2007


Come a papa,

Joana come a papa

Come a papa,

Joana come a papa,

Joana come a papa


Um, dois, três,

uma colher de cada vez

Quatro, cinco, seis,

era uma história de reis

E uma colher de papa


Come a papa,...


Sete, oito, nove,

ainda nada se resolve

Dez, onze, doze,

á espera que a mosca pouse

E uma colher de papa


Come a papa,...


Treze, catorze e meia,

a coisa não está tão feia

Dezesseis, dezassete,

mais um pingo no babete

E uma colher de papa


Esta música lembra-me sempre um anúncio da cerelac em que a bela da criança se farta de chorar e não quer a bela da papa. Será mesmo assim o anúncio ou a memória traiu-me?

Come a papa,...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O anúncio é dos correios

'Não achas que tenho umas rugas aqui na testa?'
'Experimenta por mais cola que disfarça'

ODEIO estes bichos


libelinha

Feriado

Dormir até tarde.
Torradas para o pequeno-almoço.
Ler um bocado.
Almoçar com a família.
Ver um bom filme.
Lanche, bolo de chocolate e um chá bem quentinho.
Ler uma revista, mudar umas coisas no quarto.
Conversar com um amigo.
Jantar e lavar a loiça.
Ouvir um cd.
Comentar e mudar de opiniões.

O que fica a faltar é mesmo a lareira, mas para isso ainda está calor.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Se eu só disser 'gosto de ti' às vezes, tu esqueces-te que é todos os dias? eu só não digo todos os dias para não perder o significado. Porque eu gosto de ti.

Elogios


Adoro elogios.

Adoro elogiar as outras pessoas. Fico quase tão satisfeita por elogiar os outros, como os outros ficam por ser elogiados. Acho que um 'estás bonita hoje', 'gosto dessa camisola' ou 'esses teus olhos matam-me' sabem sempre bem de ouvir. É mesmo muito bom ouvir elogios, o ego aumenta de tamanho (então para aqueles que são do tamanho diminuto do meu...), a cara mostra um belo sorriso ( de dentes lavados de preferência) e a simpatia aumenta. O elogio faz milagres.


(é pena é ser milagre ouvir-se um elogio de alguém.)