quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Voltaste-te

Ouviste o som da minha voz e voltaste-te, acho eu, espero eu. Se não for verdade, não me contes. Deixa-me pensar que foi por mim, pela voz que utilizei, pelo que disse, por ser eu. Hoje e só hoje, deixa que a ilusão tome conta de mim e eu durma feliz. Depois e só depois, sei que vou pôr dúvidas no assunto. Mas mesmo assim, vou ter a lembrança de ti, a voltares-te de repente, a sorrir e a dizer que 'só podias ser tu'. Mesmo que não tenhas dito que 'só podias ser tu', e fosse só eu e apenas eu a (querer) ouvi-lo, vindo de ti.
Tudo isto porque hoje e só hoje, voltaste-te por mim.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

É já!

Tenho de ir mesmo, mesmo estudar. Já me estou a afogar.
Só tinha mesmo de dizer isto: Tenho um ORGULHO imenso no meu pai.
O porquê: o meu pai foi-me buscar ao dentista e apercebeu-se que vinha uma ambulância da urgência e chegou-se para a berma para a deixar passar, mais ninguém se mexeu de onde estava. Ninguém.
É por estas coisas que eu me orgulho do meu pai.

Agora vem o... Estudo.

Beijinhos,
Seni.

Queria


Queria sentir que o que faço está bem feito.

Queria que o dia de amanhã fosse perfeito.

Queria mudar para sempre o amanhã.

Queria ser vento da manhã.

Queria crescer rapidamente

Queria ser homem, queria ser gente.



Queria porque o que quero,

(E está longe de ser urgente),

É continuar tua amiga,

É ser tudo sempre sincero,

E que o que te passa pela mente,

É que com a vida que levar, eu o consiga.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Planos para um dia

Aviso prévio: continuo numa boa onda, isto é, não tenho vontade de dar uma tereia a ninguém. Além disso tenho montes de coisas para estudar e não me apetece (para fugir a isso até arrumei as folhas todas da minha secretária, aspirei e limpei o pó ao meu quarto, reguei as flores da varanda e organizei as gavetas por cores), não tenho discutido com ninguém, não tenho males (nem bens) de amores, nem nada a declarar.
Como me deu uma vontade incontrolável de perder ainda mais tempo (coisa que ainda nao deixei de fazer desde sexta-feira ao meio-dia), vou passar o resto da noite a ler preciosidades nos blogs da vizinhança ao som do meu amigo (oh quem me dera...) Ben Harper, que a propósito, me está a deixar completamente addicted a músiquinhas de ouvir quieta e dançar às escondidas.


Nunca tão inútil,


Beijinhos, seni.


ps: a imagem, tal como muitas outras aqui do blog, foi tirada daqui.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Quando era pequena

Quando era pequena era uma criança bastante esquisita, confesso. Achava todas as crianças umas totós e fazia testes de paciência às pessoas que se metiam comigo, quer pelos gritos de 'deixa-me em paz' quer por não responder e me fazer de muda. Se bem que a segunda hipótese nem acontecia muitas vezes.

Quando era pequena era estranha, admito. Achava que tinha um poder especial que fazia com que algo que eu desejasse muito acontecesse. Sem chance de erro! Por exemplo, se um dia visse uma pessoa no café onde ia todas as manhãs, e tivesse curiosidade sobre quem era ou o que fazia, achava que daí a uns tempos iria acontecer algo que a pusesse no meu caminho. Não pensem que acreditava em fadas, nem em deuses, nem nada do outro mundo. Já na altura tinha algumas dúvidas quanto à existência de Deus, mas acreditava que havia (acho que nisso ainda acredito) algo maior que nós. E quando acontecia eu falar com a tal pessoa do café sentia-me realizada. Realizada na minha curiosidade mas sobretudo, por ter mais uma prova que eu tinha um poder psíquico especial. (Estava aqui a pensar, tirando a parte do poder psíquico especial, acho que o resto ainda mantenho, em grande parte)


Quando era pequena era introvertida, concordo. Achava que não valia a pena rir-me e tinha imensa vergonha do que os outros poderiam pensar com o que eu estava a fazer, ou iria dizer, algo assim... Por isso, para me enterter nos momentos mais monótonos fazia um jogo do qual me lembrei à uns momentos. Era assim:


Daqui a uns momentos já vou estar a : dormir.
Daqui a 10 anos já vou estar: formada, espero eu.
Daqui a 15 anos já vou estar: em África/ Ásia a fazer uma missão humanitária sem fins religiosos. Ser profissional.
Daqui a 20 já vou: ser mãe, mulher, amiga.
Daqui a 30 já vou: estar bem na carreira.
Daqui a 40 já vou: pedir a reforma, ou se calhar ainda não.
Daqui a 50 já vou: ganhar juízo.
Daqui a 60 já vou: ser avó. Andar de roupa de inverno no verão e de roupa de verão no inverno, que isto das mudanças climáticas é um perigo.



Quando era pequena era, sobretudo, ingénua, ainda sou e ainda bem.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Curto Bué!

'Sabes o que me estava mesmo, mesmo a apetecer? Ter uma música do Ben Harper que ouvi ontem...'
'Diz-me qual é.'
'Chama-se In The Colors.'
'Hmm, não consigo tirar só a música, queres o cd?'
'Todo?'
'Claro'

Vá, ganhei um cedêzinho. Adoro a música. Está naquela onda que me anda a apetecer...
'dance with me into the colors of the dusk'

É difícil escrever feliz.

É difícil arranjar tema para escrever quando me sinto feliz, extraordinariamente feliz.
Quando me sinto triste, cansada, até se arranja tema facilmente, mas assim? Quando acho que a vida até me corre bem, que até consigo andar bem disposta por dentro é complicado.
Posso dizer que hoje gosto de respirar, de andar a pé, de me rir à toa, de fazer disparates e que os outros se riam às minhas custas. Agora nada me dói e tudo me encanta.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vou-te confessar

Vou-te confessar o que não mostro a ninguém.
É força, é fraqueza, é medo de alguém.

É sentir e não querer
É mudar para ninguém perceber.

Crescer sem querer,
Sentir que te vou perder.

‘Já está tudo perdido à partida’
Utilizam esta frase tão querida.

Se bem que não é tão verdade.
É só receio de aumentar a saudade.

Pode tudo ser inocente como antes,
E ninguém se lembrar que já fomos amantes?


(este post foi inspirado num amigo, o Di. Toda a gente tem de saber que ainda existem homens a amar.)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Hoje


Hoje ganhei uma nota de dez euros. Apanhei-a no chão, perdida. Tal como tu farias, olhei para os lados a ver se alguém reparava e a guardava antes de mim. Aquela já era minha, mesmo não sendo minha.

Hoje ganhei um beijo de um amigo, ele anda triste. Mas deu-me um beijo. Senti a sua mão quente, soube-me bem. Tal como tu farias, tentei meter conversa, mas havia pressa, outro beijo e ‘adeus’.

Hoje ganhei um livro da minha mãe. É velho e amarelo. Mas tem história, tem enredo, é memória de alguém. Tal como tu farias, perguntei se mo dava mesmo, se não precisava, se não se arrependia que depois eu devolvia.

Hoje ganhei um sonho. Crescer e ajudar alguém. Que tudo isto fica bem já eu sei. Que eu irei ficar bem melhor, só me apercebi agora. Se esquecer, vem-me lembrar. Há sempre alguém para ajudar.

Hoje falei com um amigo. Conversas longas são contigo. Há sempre algo para te contar. E se é segredo sei que vais guardar.

Hoje acho que sou feliz, Mesmo triste mesmo petiz. E se amanha já não gostar, há sempre algo para mudar. Para ficar tudo como sempre quis.

domingo, 20 de janeiro de 2008

És vagabundo

És vagabundo
Andas perdido pela rua, és vagabundo.
Não te perdes porque nunca te encontras, és vagabundo.
Corres para não chegar atrasado ao local onde ninguém te espera, és vagabundo.
Andas perdido no sítio onde vives desde sempre, és vagabundo.
Não te mexas desse lugar, deixa-te estar. Já te apercebeste que as pessoas passam à volta, nem te dês ao trabalho de dizer bom-dia, já viste que ninguém to devolve, porque és vagabundo
Pedes esmola para viver, porque agora já só vives bebendo, e és vagabundo
Esqueces o que ninguém te lembra: que tiveste emprego, viveste com mulher e até passeaste filhos
Lembras o que ninguém te esquece: que não és ninguém, que metes medo e que não fazes cá falta.
Mas eu lembro-me do que tu esqueceste. Que um dia entraste no café onde estava, viste-me olhar a sombrinha de chocolate que ninguém me dava e tiraste-a para mim. E assim, em vez do galão e da torrada, que já trazias pensada, bebeste só um café, que nem chegou para te aquecer. E eu, pequena e corrada, sorri-te um ‘obrigada’. Escondi a sombrinha na minha mão, e fugi de ti também. Pequena e já ensinada, fugir de quem não faz nada. Que aquilo pega, e eu não quero ser assim também, vagabundo.

E hoje que já ninguém se lembra, eu vi uma sombrinha, na mão de uma menininha, mas esta não sorria, e nem corada estava, porque ela não sabe a história de alguém como tu.

E se eu?

E se eu me pintasse de azul, vivesse como nuvem e bailasse no céu estrelado?
E se eu me vestisse de monja, fugisse para o tibete e vivesse lá para sempre?
E se eu me transformasse em cometa, fizesse toda a rota em torno da tua casa?
E se eu me pusesse como queres, fizesse como disseres, seria melhor?
E se eu me voltasse para dentro, fizesse voto de silêncio e não sorrisse nunca mais?
E se eu me quisesse transformar, ser melhor e diferente, alguém me iria ajudar?

É que hoje eu não gosto do que vejo, não gosto do que sou e não mostro o que quero. Hoje, nem sei comunicar, nem sei gesticular, nem sequer consigo expressar aquilo que vai cá dentro, aquilo que não vai, aquilo que iria se fizesse o que eu queria.
É que hoje não sou aquilo que sou, sou aquilo que consigo. E porquê? Mudaria se eu? E se eu?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Também é*


Tinha acordado mal disposta, e em vez do habitual 'bom-dia, dormiste bem?' soltou um rasgante 'que queres?' só para ter a certeza que não ia obter respostas. Mas desta vez enganou-se. Esta era a mais recente de muitas, mas isso ela já nem se lembrava, já lhes tinha perdido a conta. A irmã desta vez respondeu-lhe 'és fria' e ela ficou embasbacada, mesmo que quisesse soltar um 'A minha vida é um caos e como é? Ninguém me ajuda', não conseguiu. Ficou cá tudo preso. Mas a irmã continuou, 'Já chega. A vida não acaba por se ter um acidente. Sabes uma coisa? É difícil sentirmo-nos sozinhos, mas é fixe regressar onde estávamos e se possível voar ainda mais alto. Ter sonhos.' Ela nem sabia se continuava calada, se havia de falar. A irmã disse-lhe 'vou para ali, volto logo' e ela por prudência decidiu ir tomar um banho. Devia ser o primeiro da semana e já era sexta-feira. Isto tinha andado complicado. Mesmo assim, ainda ouviu o murmúrio da irmã, sentido, magoado, 'Mana, não me envergonhes...'. E foi ela que se envergonhou. Se calhar era hoje o dia de mudar de atitude, de abrir os braços, de gritar que estava viva. De acordar, ou nascer outra vez. Ela já nem sabia se tinha adormecido ou morrido. Depois do banho vestiu uma das poucas coisas que não boiavam no seu corpo magro e desleixado, um vestido de flores. E foi depois de pentear os longos cabelos escuros que se olhou ao espelho e perguntou de si, para si: ' É riso depois da lágrima ou é lágrima depois do riso?', o espelho não respondeu. Mas ela sentiu uma resposta. Estava a renascer, e havia vida lá fora. Tirou uns trocos da carteira da irmã, que entretanto havia ido estudar para a divisão do lado, e pensou seriamente se havia perdido a capacidade de lidar com dinheiro, depois de um curso de gestão e uns anos de trabalho num banco lá no estrangeiro.

Já depois do café, tropeçou numa senhora que passeava uma criança. Esta sorria, alienada do que se passava, simplesmente feliz pelo sol que lhe batia na cara e pela atenção que recebia. Ela, desejosa de vida, tal como o vestido das flores que trazia vestido, aproximou-se da velha e segredou-lhe 'Parebéns avó'. A senhora, primeiro surpreendida, sorriu e disse 'Eu sei que ela é linda, mas a menina também é, também é...'.

*Segundo a Inês que decidiu passar o testemunho a Ineses, este desafio consta da elaboração de um texto em que estejam os títulos dos últimos 10 posts. Isto foi o que se arranjou. Mafalda e quem mais se sentir entusiasmado com a ideia (esta espero que não me deixe pendurada...). faz favor de escrevinharem também.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

'Mana, não me envergonhes'


'Mana! Não me peças beijinhos nem xi-corações quando estou à porta da escola e MUITO MENOS quando estou com as minhas amigas!'


(eu amuadíssima)'Não percebo porquê... As tuas amigas até gostam de mim. Mas 'tá bem. Hás-de cá vir pedir miminhos...'


'Oh mana! Tu percebeste!'


(eu a fazer beicinho)'Diz lá então que me adoras mais uma vez... Elas não estão aqui, ninguém está a ver.'

Que queres?

Pois, não sei. Acho que não quero nada. Acho que não sei o que quero ou que não quero aquilo que sei que preciso. Queria ser mais relaxada. Queria conseguir rir-me à toa. Não dramatizar. Mas isso não vinha na minha embalagem. No meu queridíssimo património genético tinha de vir o gene 'madre Teresa de Calcutá'. Quero sempre ajudar alguém. Gosto tanto da ideia de poder tornar alguma situação melhor a um amigo...
Mas como li num livro, tudo aquilo que se faz, aparece também na medida contrária. E se dou força a alguém, vou necessitar que me dêm de volta a mim.

Isto nem tem muito sentido. Mas hoje, nada do que disser, nada do que fizer, há-de ter muito sentido. Deve ser da chuva, do céu nublado, do abraço que não recebi, das palavras amigas que não ouvi. Porque hoje, eu não sei mesmo o que queria. Só não queria estar aqui.

Há quem diga que sou forte, não sou. Há quem diga que se me fizerem algo isso não me afecta, mentira. Porque hoje eu quero ser mimada, acarinhada, receber palavras doces. Porque hoje, e apenas hoje, quem precisa daquele gene, sou eu.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Vou para ali, logo volto

Estou meio (COMPLETAMENTE) aflita com tanta porcariazinha para fazer. Sou capaz de voltar quinta à noite, sexta... Só para dizer mal do mundo que eu sei que ele não é o mesmo se eu não estiver por aqui. :)



Esta música é capaz de não durar muito tempo no meu mp3. Devo gastar o ficheiro de tanto a ouvir, ou então enjoo-a.
É muito menina. Adoro a voz.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Já chega!

Já chega de me responderes com berros, de me fazeres olhares de reprovação, de não te voltares ou de me ignorares. Chega mãe!
Não percebes que pelo facto do teu dia não correr bem, não tens de fazer continuamente piores os meus dias? Não me magoes com a conversa de eu não fazer nada, de não fazer o que devo ou de fazer de mais. Não descontes sempre em mim.
Dá-me folga. Desconta noutra pessoa, não descontes, não me interessa. Mas dá-me folga.
Não quero saber se mereço ou não a tua reacção, nem se trata sequer de não teres razão, mas vê se compreendes que não ter um carinho teu, que não ouvir algo doce vindo de ti, ou de o que ouço nunca se aproximar de um desculpa também me dói, também me faz falta.
Estás cansada? Eu sei, mas eu tento ajudar.
Estás farta de ser tudo para cima de ti? Eu ajudava, mas palavras frias para mim, por favor, não.

Eu só quero que saibas que já chega mãe!

domingo, 13 de janeiro de 2008

És fria


Diz que sim. Diz que sou muito fria, seca e chego ao desagradável. Não é de propósito. Não é para mandar ninguém para o sítio de onde veio, não é falta de educação nem tão pouco sentir-me superior. Diz que é para me proteger. É que é difícil afeiçoarmo-nos a alguém e depois não sermos importantes na mesma medida. Se calhar é demais. Se calhar mesmo assim devia manter o sorriso na cara mas,... O sorriso não deve ser conquistado? Não sei. Já não sei nada sobre coisa alguma e além disso, não sou muito boa a lidar com pessoas. Nem com os reflexos no espelho, quanto mais! Diz que é por ser muito fria, seca e chegar ao desagradável. Eu cá acho que é por ser difícil lidar com a rejeição. Muito fria, seca e parva, não?


*Lembrei-me disto por culpa de umas conversas.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

É riso depois da lágrima ou é lágrima depois do riso?

Mimos. Eu gosto de mimos. Gosto da comicidade discreta. Das trapalhadas pensadas. Dos movimentos silenciosos. Das brincadeiras idiotas. Fazem-me rir. Será que é a pintura da cara que lhes traz o encanto? Ou é o encanto que os faz pintar a cara? Será que se riem primeiro e pintam depois a lágrimazinha ao canto? Ou será que metem a lágrimazinha primeiro e se riem depois? Será que gostam de andar de chapéu? Ou será que o chapéu é que gosta de andar com eles? Será que quando estão em casa também se riem sem fazer barulho? Que também metem as mãos na cara quando choram? Que quando se chateiam também fazem beicinho? Será que em casa também são mimos?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

É fixe


Este sítio-barra-local-barra-estáminé tem andado meu deprê (deprimido) e portanto, para variar um pouco a choradeira do custume, decidi fazer uma lista de coisas que gosto de fazer, que me façam ou que aconteçam (não necessariamente por esta ordem).
Então cá vai. É fixe:
- chuva de verão com o pé descalço, pisar poças de água;
- ouvir qualquer coisa e lembrar alguém;
- receber/mandar sms a dizer 'gosto de ti', 'estava a pensar em ti', (não a namorados, como fazem questão de pensar, mas) a amigos, à família;
- comer chupa-chupas em momentos menos bons (sim, também gosto de chupa-chupas);
- andar de baloiço (ok, é uma criancice, mas é fixe!)
- dar prendas em dias ao acaso, em que não se comemora nada em especial;
- surpreender e/ou ser surpreendida;
- deitar-me tarde e acordar sem sono e bem disposta (coisa não muito difícil para mim mas... impossível para o resto da minha famelga!);
- rir até às lágrimas;
- conversas banais com amigos/as especiais;
- exercícios de matemática e/ou química que estão todos certos no final;
- um bom pequeno-almoço;
- praia de manhã cedo;
- compras com a minha mãe (ela encontra-me coisas engraçadas);
- falar na net;
- as minhas all-star (ambas a precisar de reforma);
- ler blogs, muitos, imensos.
- beber chá bem quentinho enquanto leio/estudo/não faço nada de útil;
- boa música;
- rádio;
- livros;
- comprar perfumes (futilidade, mas também tenho direito! ahah)
- filmes da disney;
- aturar os gritos histéricos desta miúda (que eles voltem depressa, por favor!)
- beijinhos;
- mimos;
- cócegas à minha irmã (amor incondicional, mesmo)...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sabes uma coisa?




















Sabes uma coisa? Se calhar não sabes. Se calhar até sabes mais coisas que eu. Mas esta não sabes tu. Queres que te conte? Uma coisa que tu ainda não saibas. Talvez nem te faça falta. Mas queres saber? É uma informação banal. É uma coisa. Nova. Velha. Re-inventada. Minha. Queres que te conte esta ou outra? Se quiseres penso noutra. Para esta ser também tua. Vamos conversar?


Sabes uma coisa? Esta é nova. Pensei-a eu. Sozinha. Sabes que eu também sei coisas. Tal como tu. Não queres saber? Tudo bem. Eu continuo a saber esta coisa. Mas vou aprender muitas mais. Novas. Velhas. Re-inventadas. Aí um dia vais-me perguntar: Ensinas-me uma coisa? E eu vou-te dizer. De sorriso largo, de braços abertos: "Agora não dá. Agora tenho coisas para fazer. Coisas para aprender. Não estou para te contar. Não me apetece ensinar". ´


Mas já agora, que me lembro, que ainda aí estás, "Queres saber uma coisa?". Mesmo que não saibas esta não faz mal. Sabes pelo que ouves, pelo que olhas, pelo que não te digo. Eu também quero a tua atenção.

E como é?

Hoje acho que não é nada. Nada.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Parabéns avó

Parabéns avó. Fazias anos hoje, ainda te lembras? Registada a sete de Janeiro, mas nasceste no dia de Reis.
Há uns anos ofereci-te uma flor. Pelos teus anos. Era sábado, estava quentinho no restaurante e ficaste muito feliz. Agradeceste-me a flor e chamaste-me 'cara linda' e 'minha neta'. A mãe dizia que tu davas muito mimo a mim e à mana e nós sabemos que é verdade.
Recordas-te dos lanches que me fazias quando eu enchia o teu alguidar grande com água e lá brincava a tarde toda? Lembras-te do teu pãozinho com chouriço e da limonada?
Sabes uma coisa? Agora já não gosto de limonada. Já não me sabe muito bem. Podias ter-me ensinado a fazer. Também já não como torradas feitas ao lume, não me sabem muito bem.
A mãe no outro dia ainda tentou fazer aquele doce com milho que tu fazias, mas não saiu bem. Ficou muito líquido e não fez fatia. Também não estava muito doce, não me apeteceu comer à colher. Não faz mal.
Fazes muita falta, sabes?
Parece que era a tua cadeira que segurava o mundo no sítio onde ele devia estar. Agora está vazia. A mãe mudou-a de sítio mas não foi por mal. Não fiques aborrecida que não te esquecemos. Só que doía muito olhar para ela e não te ver lá. Agora a mãe pô-la noutro sítio.
O avô está bem. Está a ficar velho muito depressa, sabes?
Podes pedir aí em cima para o deixarem ficar muitos, muitos anos? É que eu gosto de o ver desenhar as casas.
Qualquer dia mando emoldurar um dos esboços dele. Aqueles ainda com o desenho a lápis. O que achas? Eu acho boa ideia. Fica bem naquela parede vazia do meu quarto. Ainda te lembras?
Eu ainda me lembro de ti. Só que não gosto de ver fotos tuas. Importas-te?
Eu sei que não voltas. Mas fica a saber que eu gosto de ti. E mais uma coisa: Parabéns avó!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Preguiça

Hoje sinto-me pesada. Mexer a cabeça pesa-me. Estudar custa-me. A vontade falta-me.
Nem é querer férias, nem é não querer aulas. É preguiça.
Nem é não querer fazer, é não querer começar. Só me apetece esperar.
Esperar pelo dia de amanhã. Esperar pela vontade que foi ali e ainda não voltou. Esperar por melhores dias, se bem que estes nem foram maus. Esperar para te ouvir dizer qualquer coisa que me faça rir ou que me obrigue a chorar, só para ver se ainda sinto.
Não percebes? Pois, eu também não.
Estou triste? Não, (acho) tenho a certeza que não.
O que é? Não sei, não quero saber. Só quero que passe.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Este foi dos presentes mais especiais que recebi.
Um desenho A5, feito para mim. É lindo. Tal como a pessoa que o fez.
Consigo conversar com ele de uma maneira ultra-rápida. Ele consegue falar com uma naturalidade que me... confunde, atrapalha...
Não é preciso dizer-se, mas tal como gosto do desenho (que a propósito, fica um espectaculo na porta do meu quarto, e é a última coisa que vejo antes de fechar os olhos), eu gosto de ti.
E pá, hoje apeteceu-me dizer-te isto.

És ou não és?

És ou não és sincera comigo quando dizes que estás com dificuldades?
És ou não és justa quando dizes que é só porque está frio, mas que gostaste do que te ofereci?

És ou não és verdadeira quando dizes que usas o que escolhemos?
És ou não és?

Então porque é que nunca trazes nada? Nem a camisola, nem o casaco, nem as calças, nem o carinho, nem o gosto, nem a falta dele, nem a amizade, nem o reconhecimento, nem a gentileza, nem o descaramento, nem a verdade, nem a mentira, nem... Nem!

Só te vejo indiferença, uma tentativa frustrada minha de te perceber, uma vontade surda de te espremer para perceber o que te vai na alma?
Eu nem me importo muito que não sejas. Mas gostava muito que me tivesses dito antes que não eras. Porque parecia que gostavas de tudo o que eramos as três juntas.

Entendes? Se calhar não. Não tiveste direito aos abraços e mimos da tua mãe, nem ao riso do teu pai. Tiveste só direito às palavras duras do teu pai e aos insultos da tua mãe.
Por isso, podes não ser. Mas eu quero que tu sejas comigo. Sincera. Justa. Verdadeira.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

'Tá a chover



















Pois está e pois esteve. Aliás, sempre que precisei sair de onde estava, chovia. E quando não chovia, fazia um frio de rachar.


Não tenho perfil para andar à molha. Simplesmente não tenho... Aquilo de andar molhada até aos joelhos (excuindo os pés que as botas até se portaram bem), e mãos sempre geladas (já frisei a parte do molhadas? tudo molhado!) é péssimo.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Revolta-te!


Ouço dizer isto há anos... E há anos que não posso responder aquilo que me apetece. Revoltar-me? Talvez um dia. Dar o grito do ipiranga? Quem sabe... Mas claro que sei, claro que sei que a resposta é não.

Está bem... Eu sei que preciso de viver com a idade que tenho, não viver com a consciência de um adulto responsável sendo que só vou ser adulta depois. Mas não dá. Aquele botão não se desliga e eu não consigo encontrar ninguém que me consiga pôr isto em stand by. Sabes que mais? Se pudesse até o dava. Mas como posso desiludir ou nem que seja desapontar as pessoas que já me vêm deste modo? Não sei dizer que não. Não sei sobretudo dizer aquilo que me apetece. Estou programada para tirar preocupações dos outros.

Queres tu tirar-me as minhas?
(isto foi escrito por culpa de um amigo. É ele que eu ouço escrever e dizer-me 'revolta-te'. Ele um dia deve ler isto.)

Dois mil e oito - última parte


Bem, a coisa já passou.

Já é p'ro ano!

Como sempre não fiz nada de especial. Vi televisão até às duas da manhã. Fiz uma interrupção à meia-noite para o brinde, feito com chá verde (o chá é feito de água e dizem que a água dá azar para brindes... Mas como o chá é água suja, eu espero que já não conte!). Comi as doze passas mas pedi sempre o mesmo desejo (será que por ter feito entoações diferentes contam como 12 desejos diferentes? É que não quero parecer chata aos olhos do senhor-realizador-de-desejos-do-novo-ano...).