sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fotografias


Nunca gostei muito de fotografia. Odeio aquelas fotos de casamentos, baptizados, festas, e afins. Onde está tudo à espera do flash da máquina agora digital. Continuo a preferir guardar cá dentro. No coração, na cabeça. Só aí fica registado o que senti na altura, seja quando a mãe partiu a fatia de bolo, quando a mana chorou com a água que o padre deitou (em que eu disse ao avô que quando fosse grande ia bater no padre, ninguém molha a minha irmã!), quando recebi o diploma da escola primária...

Agora percebo porque é utilizada como arte, percebo também o prazer que me dá desfocar fotos, pô-las a preto e branco, em tons de castanho, no fundo do ambiente de trabalho do computador. Mesmo assim não gosto de ver fotografias, não gosto de pegar no album e ver-me sentada ao volante do carro amarelo que o meu pai tinha, não gosto de ver os meus avós novinhos e pensar que nesta altura não aproveitei o que devia, não gosto de ver fotografias de amigos todos bonitos e pensar que podia não os ter vindo a conhecer. Não gosto de ver nem gosto de me ver.

Também descobri que adoro os vinte minutos que perco à procura de imagem que complete o que escrevo aqui, e que quase sempre ponho fotografia.

Acho que o problema é ver que toda a gente anda entusiasmada com fotografias, com máquinas xpto (xispêtêó), com efeitos mirabolantes. Eu se fotografo é porque me apetece, Como só digo o que penso quando me apetece, como só como se me apetece, como tu só lês se te apetece. Como isso.
Ps: esta imagem, parece foto, não sei se é. Como quase todas as que tenho guardadas foram tiradas de um sítio na net, de um blog, de um lado qualquer. Também não sei se tem a ver com o que escrevi. Mas já estava a pensar nela antes disto.

Vou escrever sobre ti.


Não te dou dois beijos quando nos encontramos. Vimo-nos todos os dias. Chamo-te 'monga' quando quero dizer que é importante aquilo que pensas e que me dizes. Fazes o mesmo. Completas as minhas frases, acho que até os meus pensamentos. De certa forma és da casa. Somos independentes, mas mesmo assim, sou mais dependente de ti. Sempre sobreviveste sem precisar de ninguém. Disse que ia escrever sobre ti um dia, no blog, disseste-me para não o fazer. Só para te provar que faço o que quero, e que agora me estava a apetecer escrever sobre ti, aqui fica. Não digo nada de mais, nada em nós é dito, nunca foi preciso.
Para complicar disseste que era escritora (filosofias tuas, para variar). Assustaste-me. 'Pera lá, será que a gaja se enganou? Eu escritora? Eu mando 'postas de pescada' para o ar, digo aquilo que penso, escrevo bonito para mim. Mostrava-te o que aqui escrevia só numa de ter a certeza que não lia isto sozinha. Fizeste-me ter consciência que não estava preparada para receber elogios. Não lido bem com eles. Fazem-me comichão nas pontas dos dedos, atrapalham a maneira como passo os olhos pelas coisas.
Agora ficas com um raio de um texto sobre ti, mas esta coisa nem sentido tem. Como tudo o que penso quando aqui escrevo, vem à minha velocidade. Nem o vou ler de novo para não cair na tentação de o apagar.

Mostrei-te antes de publicar, não sabia se ias gostar.
Antes de ontem ia sendo atropelada. Nem consigo perceber muito bem o que se passou. Parei no passeio. Os carros pararam, comecei a atravessar. Mas esqueci-me que a rua tem duas vias para cada lado. Uma senhora parou para me deixar passar, eu comecei a andar, e uma aventesma (é assim que se diz na minha terra!, palerma, tola, néscia) ultrapassa a que tava parada. Eu acho que nem me dei conta disto. Mas a que tinha parado apercebeu-se e começou a apitar, a outra parou e eu fiquei assim tipo 'que é que ia acontecendo aqui?'. Não me aconteceu nada. Acho que a gaja que fez a asneira de ultrapassar é colega da minha mãe, aliás, tenho a certeza mas nem me apetece pensar nisto. Que se lixe.

Hoje foi o meu pai. Não ia sendo atropelado, foi mesmo. Não aconteceu nada de grave, coisas do ofício. Chegou a casa mais cedo que o costume e disse ' Boa noite, fui atropelado mas está tudo bem.', eu ri-me, nem acreditei. Mas foi, trazia o papel para o seguro na mão.

Sem nada I

Tenho andado desinspirada.
Está a chegar a altura do trabalho e tal... Preparem-se para ver isto de pantanas.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Desafio

O meu primeiro desafio:

(copiar, colar):
1. Pegar um livro próximo (NÃO PROCURAR);
2. Abrir na página 161;
3. Procurar a 5ª frase completa;
4. Postar essa frase no seu blog;
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6. Repassar para outros 5 blogs.


O livro que tinha à mão era e é, que ainda cá continua: Deixei o meu Coração em África, de Manuel Arouca. Vou muito no início, nem sei se vou gostar...

A frase é: "No bar, uma sala espaçosa, bebiam-se as mais variadas bebidas, muitas que não se podiam beber na metrópole como, por exemplo, a Coca Cola e águas francesas como a Perrier e a Vichy."

Não passo a ninguém porque ainda não leio blogs suficientes para poder escolher , mas obrigada joaor por te teres lembrado de mim.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Parabéns

Hoje o meu avô fez anos. Liguei-lhe. Um telefonema vazio. Suspiros. Ele suspirou o que pensou e o que queria dizer, fiz o mesmo. Mas sabes avô, nunca te disse, mas gosto muito de ti. Suspirei também, espero que tenhas percebido o que te quis dizer. Sempre foste o meu avô. O meu primeiro relógio, o meu primeiro triciclo, a minha primeira relação de longo curso. Amo-te.


Sei que nunca vai ler isto, mas ao menos eu sei que escondida lho disse, já que de frente não consigo. É demasiado profundo para se dizer, na minha família não se diz o que se sente. Mas eu vou ganhar coragem, e quando o vir, vou abraçá-lo, suspirar ainda mais fundo, ele assim vai perceber de certeza.

Dia Maomenos

Tirei isto daqui. Adequa-se ao que sinto hoje. Culpa minha.

O coração devia vir em puzzle. Só juntávamos as peças que dessem jeito. A tua ficaria na mesa. Agora pesas-me, e atrasas-me o pensamento. Moldas-me a visão. Não quero que a tua peça seja esta. Culpa tua.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Obrigada

xico diz (21:55):

so uma coisa

xico diz (21:55):

tu es mais k mt pa eu

Fiquei à beira das lágrimas

Morreu a mãe de um amigo meu. Amigo... Foi meu professor, sempre disse que não gostava dele mas, a verdade, é que desde que deixou de ser meu professor que lhe ganhei imensa afeição. Tem idade para ser meu avô. Percebe muito mais que eu de muitas mais coisas que eu, sinto-me uma criancinha ao pé dele.
Mesmo assim, ainda não tive coragem para lhe ir dar os sentimentos... Não sei como chegar ao pé dele e dizer que lamento imenso... Amanhã hei-de ganhar coragem.

domingo, 25 de novembro de 2007

Desculpa


Tornava-te a pedir mais mil vezes. Mais duas mil se necessário fosse.

Só queria isto.
Desculpa.

Manic Monday



It's just another manic Monday
I wish it was Sunday
Cause that's my fun day
I don't have to run day
It's just another manic Monday

Estava a ver-te ou estava a olhar-te, acredita que faz diferença.

Quando olho para ti retenho apenas os teus traços gerais, reparo que és alto, que tens um rosto quadrado e pouco mais... Mas quando te olho, não te vejo. Quando olho não noto o brilho dos teus olhos, não noto a maneira ágil como te viraste ao som da minha voz, não noto o teu queixo tremer quando no meio das nossas conversas as lágrimas se instalam. Mas fixo os meus olhos em ti, capto um pouco da tua ansiedade e prendo-te na minha cabeça, retenho o que vi. Consigo reconstituir-te à minha maneira, realço o que tens de melhor.

Vês como te vi? Vi-te por dentro e vi-te por fora.

Se só te olhasse tinha perdido o melhor... Tinha-te perdido a ti.

sábado, 24 de novembro de 2007


Estava a fazer compras, comprar peixe para o almoço de amanhã, e houve uma pergunta que me preencheu as ideias:

Como fazem as peixeiras quando lhes dá a vontade de coçar o nariz? Coçam com a barbatana do peixe? Levam a luva ao nariz?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Afónica


Como a coisa ontem não estava suficientemente complicada, hoje acordei rouca.

Fiz a apresentação oral, a tal que vale 25%. São nove da noite e a única coisa que sai pela minha boca é ar... Estou completamente afónica.

Ah, e para piorar chateei-me com um amigo.

Correu-me muito bem hoje o dia...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Constipação

Ontem deitei-me normalmente, não me doía nada.


Acordei neste brilhante estado:




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E agora estou tentada a fazer isto:






















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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tina Turner



Esta senhora é daquele tipo de mulheres que tinha de ser famosa. Se não fosse bela sua poderosa voz, seria pelas suas incríveis pernas.
Dá para perceber o que falo logo no início do vídeo.


So, "Ladys and gentlemen, miss Tina Turner"

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Cantar


Tenho umas saudades imensas de cantar e de ler música.

Não devia ter saído do coro em que cantava. Mas a estupidez faz-nos tomar atitudes destas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Limão.

http://radiocomercial.clix.pt/animar/testes/gelados/index.aspx




Espectaculares todos.
Sou assustadoramente fria, já mo tinham dito.
Digam-me os resultados, vá vá!

domingo, 18 de novembro de 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Conhecem?

eu:
Estás a ver aquelas tartes de maçã do mc donald's que ninguém lhes dá mais que um euro?
Ando com tanta vontade que hoje pagava cinco por uma!
ele:
Se estás assim... Ou tens muito dinheiro e não sabes o que lhe fazer, ou então elas são mesmo boas!
eu:
Adoraria dizer a primeira, mas é a segunda.
ele:
Ah, bem me parecia. Mas podes-me dar os cinco euros na mesma.

Eu não dei os cinco. Ele não ma comprou. Eu fiquei com vontade.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ponto sem retorno

Estou à demasiado tempo a fazer o que acho que devo e não o que me apetece. Não é traumático, mas enervante.
Sou filha, sou colega, sou irmã, sou aquela que que não sai e que 'marra', que 'estuda até cair' (não sou as últimas 2, mas há quem pense e faça de modo a que eu perceba que me acha como tal).
E o pior é que embora gostasse de ter um belo grupo de amigos, não devo estar preparada para isso. Nunca fiz o que os outros fizeram com a minha idade. No início por ser demasiado reservada, depois por vergonha de ainda não ter experimentado a coisa anterior e eles já estarem adiante, e agora sou assim.
Enquanto toda a gente brincou no jardim de infância e até gostou de lá andar, eu nunca tive sequer amigos e dei-me bastante mal com a educadora (escolhida a dedo). Toda a gente teve grandes amigos na primária, eu também os tive, só que... Eles começaram com festas de anos, às quais não fui, eles fizeram peças de teatro nas quais não entrei e eles ficaram um grupo unido, no qual nao entrei.
Foi o normal. Hoje, continuo atrás da maré.
Sou a que ajuda nos tpc's, nos trabalhos, nos problemas pessoais, no gozo. A que para aliviar solta a gargalhada, esconde o medo de perder a graça. Mas não sirvo para mais. Tenho 2 pessoas qua acho que sim. Se cair, sei que me devem apanhar do chão. Só que.. será que caio a tempo?
O que vale é que está um belo tempo e eu agora vou arejar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Perfume


Gosto bastante de perfumes. Gosto de perfumes que falam. Que dizem coisas acerca das pessoas que os usam. Gosto dos cheiros que perduram o dia todo, mesmo que só ponha um bocadinho de manhã. Gosto quando as pessoas se aproximam e lhes sinto o perfume. É também frequente associar as pessoas aos perfumes que usam. E é muito bom quando aqueles que nós gostamos deixam o seu perfume no ar, depois de nos despedirmos.


Dizem isto do meu, num site qualquer:

O Hugo Boss Deep Red é feito da mais pura essencia do amor. Capaz de levar você a lugares fantásticos, com o seu perfume inconfundível. Exclusivo para pessoas de carácter forte e personalidade, que buscam sempre o melhor para os outros e para si mesmo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Transgénicos


Estou a fazer um trabalho com transgénicos, organismos geneticamente modificados, OGM, como lhes quiserem chamar. Vantagens, desvantagens, e assim por diante.

Além de me fazer imensa confusão haver muito pouca informação inteligente acerca do tema, faz-me também impressão a que há ser tão repetida.


ps: a imagem não presta. Mostro melhor quando as encontrar!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Árvore mãe


Era uma mãe atenciosa, tratava todas as filhas por igual. Oferecia-lhes vestidos verdes do tom que preferissem, alimentava-as, passeavas pela brisa, mostrava-lhes as estrelas na noite e as nuvens brancas do dia. Mas ela sabia que quando o vento lhes assobiasse elas não iam resistir. Para as tornar confusas ofereceu a cada uma um vestido mais bonito que o da irmã. Uma verde. Uma amarela. Uma vermelha. Uma dourada. Uma castanha. Outra assim. Não foi suficiente. O vento chegou e cantou-lhes aquela música que até a nós nos faz dançar. Fê-las sentirem-se ainda mais leves e querer dançar com o vento. Elas, ingénuas em relação à verdadeira intenção do vento, deixaram-se seduzir. Foram na cantiga. Bailaram até ao chão. Nessa altura o vento desapareceu. Só as queria afastar da mãe. E agora estavam ao seu pé. Choravam pelo perdão e pediam para regressar, para lhe tornar a dar a mão e para lhe vestir o velho vestido verde. A mãe disse que não. Não se volta atrás.

Sofá

É tão bom não fazer nada...
Os meus livros também ficaram ao lado do sofá. Nem cheguei a abri-los.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ego


Uma saia curta e um sapatinho bonito fazem milagres pela minha auto-estima.

Fiquei fã do look.
ps: não sou ruiva, aquela saia não é curta, não tenho cabelo assim e ela ainda é mais magra que eu.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Está aí!

Chegou a minha estação preferida. Agora já se pode dizer que estamos no OUTONO!

Folhas amarelas.
Castanhas.
Folhas vermelhas.
Romãs.
Lareira acesa.
Cobertor na cama.
Folhas douradas.
Casaco.
Entre outras coisas.

Perguiça

Estou ultra-perguiçosa. Vou fazer isto aqui.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Chama-se euforia

Ao fim de um longo dia, chegar a casa cansada, feliz e a dançar.

*não encontrei imagem que se adequasse

domingo, 4 de novembro de 2007

Lista de coisas

Que nunca fiz:
Parapente

Jogar FIFA
Jogar snooker
Jogar ténis

Viajar à grande

Dormir em hotéis

Sair sem hora de chegada

Comer comida mexicana

Fazer voluntariado


Que quero repetir:
Tocar um instrumento

Andar despreocupada
Correr todos os dias

Deixar crescer o cabelo (brincadeirinha. hihi)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Escrever


Ando desinspirada
Nada que escrevo me agrada.


Ando parvinha
E o porquê ninguém adivinha.


Ando cansada
De testes, trabalhos, de tudo e de nada.


Mas vai melhorar
Acreditas ou queres apostar?

Toda a gente achou fantástico

Toda a gente me falava do espectáculo que era o Codex 632 motivo pelo qual li todos menos esse. E sinceramente adoro a maneira como escreve o José Rodrigues dos Santos, se bem que o que escreve às vezes deixa a desejar...
Adorei a Fórmula de Deus, li e gostei de A Filha do Capitão, não gostei mas li A Ilha das Trevas e li e decepcionei-me com o Codex. Deve ser por toda a gente ter achado um espectáculo.
Agora vou comprar o novo, Sétimo selo ou coisa que lhe valha.
Espero gostar =/

(não consigo pôr imagens)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hoje é

Hoje é 1 de Novembro. Não ligo a datas. Não me importo que seja. Mas este dia aleja, dói-me.
Estejas onde estiveres, pensei em ti vó.

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
(Mário de Sá Carneiro)
Anda tudo a correr-me mal.
Muito, muito, muito mal mesmo.


Amy Winehouse.
A voz dela deprime-me.