sábado, 26 de abril de 2008

Quando a vida nos corre bem, e o trabalho nos inunda o tempo livre, escreve-se sobre quê?
Ah, foi 25 de Abril. O grande Dia Da Liberdade. Para ler algo com tudo o que eu gostaria de ter escrito clicar aqui.

Beijinhos e bom fim-de-semana.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Coisas de sofá

Há coisas que me fazem confusão.
A necessidade de aumentar a importância que os outros têm para nós a fim daqueles com quem falamos o percebam, é uma delas.
Não devem ter percebido nada, por isso reparem nisto:
Amigo como irmão. Até parece que ser amigo por si só não é suficiente. E ser melhor amigo também não chega. É preciso compará-lo a um outro alguém que se presume próximo, íntimo e importante também e com o qual se têm até afinidades sanguíneas. Ou então o inverso,
Irmão como melhor amigo. Como se ser irmão não chegasse, é preciso clarificar, mostrar o quão irmão é para que possa ser considerado amigo. Ou ainda,
É (quase) como se fosse da família, quer dizer, não chega ser próximo, importante, melhor amigo ou amigo só, é quase como parente. Não que os parentes sejam (quase) como amigos, mas perceberam…
Existem ainda as segundas mães e segundos pais, que se presume que não sejam as mães mães e os pais pais mas que são tão (ou quase) importantes como se o fossem.
Ou então, quando não gostamos de alguém. Dizemos:
É mau como as cobras, pobrezinhas das piquenas e das grandes, mas o senhor gajo ou senhora moça são assim muitooo maus, perigosos e indigestos. São tão ruins como as coitadinhas das cobras, venenosas.
Mas fazemos isto também para as coisas ambientais, por exemplo:
Escuro como breu, isto porque existem escuros claros (?). Se é que me faço entender, existem escuros que não são muito escuros, são só escuros mais ou menos e para os diferenciar, temos de chamar aos escuros que são realmente escuros, escuros como breu.

Não sei se têm dúvidas destas, ou se se lembram de outros casos assim. Mas isto aflige-me. Mais ou menos.

domingo, 20 de abril de 2008

Vento

Avento com as palavras ao vento.
Atiro-as ao ar.
E vejo-as planar e voltar para mim.
Como eco.
Torno a gritar,
Desta vez, mais ALTO
Vejo-te assustar
(e também salto).
Reparo no teu olhar de esguelha,
Soltas a voz rouca de velha
Para mim, num corpo de menina
E figura fina.
E no fim ris…
E a tua voz pinta a parede,
A giz.
E eu apago com o dedo
O que não quis
Ouvir.


Boa semana para todos.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

By The Way*

Dizes que vais ser meu defensor para sempre.
Dizes que me proteges quando tiver medo,
Dizes que me guardas um segredo,
Dizes que vais estar sempre comigo,
Dizes que é por seres meu amigo.

E eu pergunto-te:
Agora que eu preciso, onde andas?
Agora que quero um abraço,
Agora que quero uma palavra,
Agora que preciso de uma arma,
(para vencer)
Onde a vou procurar?
Onde te vou procurar?

(Nem lá estás para ajudar…Nem lá estás...)


*A pessoa a quem escrevi isto, vai lê-lo provavelmente.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Desafio

Tirado da Pérola, o desafio "Permite-te. Um pouco mais de ti."
Eu: aflitivamente viva.
Qualidades: verdadeira, frontal, não guardo ressentimentos (mas não sei se isto é uma qualidade ou um defeito…)
Defeitos: ingenuidade e imaturidade
Gosto: ficar em casa de pés em cima do sofá, de mimar a minha irmã e os meus amigos, de surpresas, de me sentir confortável, de dizer e ouvir ‘gosto de ti’
Detesto: favas, acordar com chuva, o ladrar dos cães (até se me arrepia a espinha…)
Pessoas: a prova que somos todos diferentes.
Família: conforto, carinho, amor.
Homem famoso: Ben Harper.
Mulher famosa: não me lembro de ninguém especial
Sorriso: meio caminho para a empatia.
Perfume: Hugo Boss woman
Carro: o da família
Paixão: fogo
Sexo: Nature
Amor: devoção.
Olhos: castanhos de encantos tamanhos.
Sol: deixa-me bem disposta quase à beira do histerismo.
Chuva: não gosto de andar à chuva mas gosto de ver andar à chuva.
Mar: força, imponência, medo.
Livro: demasiados, preferencialmente romances.
Filme: nenhum em especial.
Música: A que está a passar na rádio ‘O jogo’ de Tiago Bettencourt, ‘Valerie’ da Amy W.
Dinheiro: luxúria, meio para a concretização de alguns sonhos.
Animal: o da infância: minhoca; o dos sonhos: tubarão branco, leão; o de sempre: urso de peluche.
Silêncio: quando a alma fala.
Solidão: reflexão, fuga.
Flor: gerbera ou geribéria (nunca sei como se escreve)
Sinceridade: arma poderosa, qualidade.
Sonho: progresso, sucesso profissional, qualidade de vida, amor.
Cidade: a minha pequena cidade.
Não vivo sem: a minha irmã, os meus pais e os meus amigos.
Nunca deixo de: dizer a quem gosto o quão gosto deles, de reclamar que 'quero dormir mais', mesmo que já tenha dormido tudo o que havia a dormir, tentar melhorar-me enquanto pessoa.

quarta-feira, 9 de abril de 2008


‘Perdão’
Peço licença e entro
Devagar.
Levanto a voz, e dirijo-me ao altar.
Com voz de súplica,
Rezo uma prece.
Mas a sala segue vazia,
Ninguém me aparece.
No meio de tanta preocupação,
Sigo pedindo com o coração:
Que a vida progrida, que tudo está tão mal’
Mas saio e nada muda, fica tudo igual.
Mas a falta de fé não me demove
Que as montanhas não mexam (se ninguém as move…),
Eu sei e quero que isto mude agora!
Que eu não me canso de lutar pela melhora.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

24*


É de noite que sinto
Que minto.
É noite quando penso,
Tudo é tenso.
O medo anda na rua
Quando eu, alma nua,
Me penso.
*O título vem do facto do dia ter vinte e quatro horas e de à meia-noite ser escuro, noite. Tem 24 palavras.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Pé descalço


Quando era pequena, adorava andar de pé descalço. Gostava de sentir o fofinho do tapete, as cócegas da alcatifa, o frio do mosaico, o quente do chão ao sol, a dor das pedrinhas no caminho de terra batida… Mas, quando era pequena, não sabia o significado da expressão ‘pé descalço’ e para mim, todas as outras crianças, os adultos e os velhinhos, podiam tirar as meias e os sapatos, descalças as chinelas e andar descalços. Para mim, ao contrário do que as pessoas afirmam, o ‘fixe’ era andar com o pé descalço. A minha inocência não me permitia acreditar em desigualdades sociais, em probreza e em mendicidade.
Eu, na minha pequenez, achava libertador o pé descalço no chão e considerava sortudos todos os ‘pé descalço’ que encontrava na rua.
Mas eu, que hoje ando com meia e sapato, que trago o pé tapado ao frio e escondido ao calor, era inócua.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

´Tá a ser solidário saxavor!

Bem, isto é cópia do post do Joao Érre, no seu lado reverso, vocês ajudem a banda The Agency, eles merecem.
Diz o joão que:

The Agency no Super Bock Super Rock

Bem,
uns conhecidos meus estão na lista de possiveis bandas a actuar no Super Bock Super Rock.
O que vos queria pedir fiéis ouvintes, ou melhor, leitores(!), é que votem neles. Como a mim me pareceu um pouco complicado decidi criar um tutorial de como votar neles.

O Website a visitar é:
http://www.superbock.pt/
Passo 1: Seleccionar "Tenho mais de 16 anos" e clicar em Entrar. (como se pode ver na imagem)

Passo 2: Clicar em Fechar para passar "à acção".

Passo 3: Seleccionar "Login" no topo do Site. Abrirá um painel com mais opções. (se já estiver registado no site passar para o passo número 7). Efectuar Login.

Passo 4: Para te registares clica em Login e depois no segundo link com o nome "clica aqui"

Passo 5: Preenche os campos pedidos e clica em "Enviar". (as opções múltiplas devem ser lidas e escolhidas pelo utilizador)
Passo 6: Efectua Login (passo 4)
Passo 7: Selecciona "Super Music". Abrirá novo painel e deves clicar em "SBSR Preload"
Passo 8: Clica em "Vota Aqui".

Passo 9: Aparecerão vários nomes de bandas. Mas em frente a "Escolhe a Banda que queres ouvir" deves seleccionar a letra "T".De seguida clica no quadradinho branco em frente a "The Agency", aparecerá um visto.Clica então em "Vota Aqui" (este por baixo dos nomes das bandas.)

Podes submeter 5 votos, todos eles na mesma banda. Vota em "The Agency" até não poder mais.


Ele no fim agradece, eu faço o mesmo. Votem, beijinhos.

Entre ( )


Eu já devo ter escrito qualquer coisa, mais ou menos romanceada, sobre a amizade. Até me lembro que já escrevi vários posts para amigos meus que não estavam muito bem, alguns dos quais nem sabem da existência do blog. Mas, a verdade, é que me custa imenso ver que um amigo meu está mais em baixo, que aconteceu alguma coisa que o deixou triste, magoado, o aflito.

Quando estou nos índices máximos de revolta só me apetece afastar-me de toda a gente, para não ter amigos e assim, não me preocupar com ninguém a não ser comigo. Mas... é tão bom ter amigos como os meus. São muito poucos, verdade. Não são amigos entre si o que torna algumas coisas mais complicadas, verdade também. Mas são perfeitos. Ajudam-me quando preciso e quando não preciso, animam-me quando eu quero e quando eu não quero. Mostram-me o quanto gostam de mim quando estou à espera e quando não estou à espera. E isso, isso, é tão bom...

Hoje, houve alguém que decidiu mostrar-me o que se passava (só) a mim e senti-me bem ao poder dizer-lhe que estava solidária, dar-lhe força e ânimo... É que mesmo que não resolvam os problemas, estes mimos ajudam muito a que eles se resolvam.

sábado, 29 de março de 2008

queres de mim?


Que queres de mim?
Queres quente,
Queres frio?
Queres que fique um vazio?
Queres que procure o inferno
Ou que te guarde num lugar terno?
Se preferires que me afaste para que não haja desgaste,
Eu compreendo.
E vai passando, o tempo.
Que me queres?
Que preferes?
Vou-me fechar,

Esconder, sonhar, pensar
(bem escondida, ninguém vai notar).

Aviso

Menina M. I'll be waiting sempre que precisares.

terça-feira, 25 de março de 2008

Amour

Não escolho
Se te amo,
Se te quero,
Se te odeio,
Se te venero.
Dizem que te amando,
Vou sofrer.
Mas não te sentindo,
Custa sobreviver.
E tu, se sabes que é breve esta vida,

Percebes que tudo é uma corrida…
Porque não, ficar contigo?
Porque não, ser mais que amigo?

domingo, 23 de março de 2008

Prima L.


Sabes quem era a pessoa que admirava em pequena?
Eras tu.
Gostava de te ver passar na rua e olhar o cabelo brilhar,
Cor de caju.
E enquanto crescia, imitei-te algum tempo…
Eu só queria ser como tu.
E quando ia ao café? Havia sempre quem dissesse:
‘Olha para o sorriso que traz na cara, a Lu.’.
E agora crescida, contam-me que partiste,
Encontrada sozinha, e nem sei se sorriste!
Dizem que foi ontem que aconteceu,
Que foste sozinha, procurar o céu…
Adeus.
(Dizem que Ele sabe o que faz, Deus)

quarta-feira, 19 de março de 2008

Euforia

No meio da correria de não fazer nada,
De me sentar no sofá e sonhar acordada,
No meio de um dia com chuva lá fora,
Sinto-me feliz (por esta hora)…

E sem problemas por resolver
E com uma vontade enorme de viver.
Sinto uma euforia risonha,
Cócegas na alma.
E q
uando mostro o que é calma ao espelho,

Até me consigo ver sorrir,
Lá por dentro (tenho de admitir).


ps: a foto foi escolhida pelo cachopo mais prestável, conhecido pessoalmente por mim, através da blogoesfera.

quinta-feira, 13 de março de 2008

CORAÇÕES


Tenho o coração dividido em quatro partes. Tenho duas aurículas que recebem as frustrações, os problemas e as desilusões e dois ventrículos que bombeiam amor, coragem, alegria e audácia para enfrentar tudo o que se me depara.
Mesmo assim, às vezes as válvulas não fazem bem o seu trabalho. Passam algumas decepções por elas, entram nos ventrículos e são disparadas para o resto do corpo. Aí, a respiração acelera, as faces ficam vermelhas, as pernas tremem, os músculos enrijecem, os nervos sobressaem e a voz torna-se gritante, urgente, cortante.
Mesmo assim, as válvulas enganam-se poucas vezes. Às vezes filtram de mais. Sentimos uma paixão imensa pela vida, somos invencíveis, indestrutíveis, podemos ajudar todo o mundo, temos as pessoas certas a nosso lado e nem nos preocupamos com os pequenos sobressaltos.
Os corações não eram os mesmos se não estivem partidos em quatro partes. As duas de amor, as duas de desamor. Nas de amor, circula um sangue vermelho vivo, quente. Nas de desamor, passa um sangue frio, adormecido, desoxigenado, medroso…
Mas é nestes corações que corre a paixão, que corre a vaidade, que corre o brio, que corre a força, que corre a vida. Nestas quatro partes vermelho-vivo. Nestas quatro partes de coração. Nestas quatro partes de nós.

Segredos


Segredos são tesouros mas guardar um tesouro é muito menos que guardar um segredo. Segredo é prova de confiança, prova de segurança, prova de fé. Quando ouço um segredo, guardo-o com a vida. Faço-me desentendida se preciso for, porque segredo não se conta: ouve-se, guarda-se, esquece-se.
Custa-me no entanto, que quando converso com alguém, me peçam segredo. Pensam o quê? Que vou por num jornal? Publicar numa revista? Fazer cartazes? Espalhar?
Se confiam em mim, se me mostram que sou digna de os ouvir, de poder partilhar com eles o que eles têm de mais sagrado, vou perder a oportunidade?
É por isso que não gosto de segredos. Gosto de conversas sobre assuntos secretos. De ouvir algo que ninguém sabe e ter a certeza que por mim não vão saber de certeza. Gosto de pensar que aquilo que sei é importante e que quiseram partilhar comigo. Gosto de secretismo sem que me digam nunca ‘isto é segredo, não contes a ninguém’.

Mas isso já agora, é segredo.

terça-feira, 11 de março de 2008

Amor dormente*


Não fales,
Mesmo que digas o que quero ouvir.
Cala-te,
Não me contes nada do mundo,
Deixa-me dormir.
Beija-me,
Deixa-me viver no teu colo
(Enquanto) bebes um cálice de fogo…
E deixas o tempo lá fora passar,
E deixas o mundo lá fora dançar
E deixas a tua mente lá fora voar.
E eu fico aqui, dormente de ti, a sonh
ar.
*apeteceu-me escrever.

sexta-feira, 7 de março de 2008

little secret


Hoje um amigo meu faz anos. As amizades não são todas iguais, e a nossa (acho) é a prova disso.
Tinha tudo para não dar certo. Somos demasiado diferentes, quase incompatíveis. Não gostamos de quase nada do que o outro gosta. Não ouvimos a mesma música, não temos amigos comuns, quase nunca nos vimos e quando nos vimos não podemos falar abertamente. Mas existem 3 milagres que tornam a nossa amizade possível: o telemóvel, a Internet e o respeito que temos um pelo outro.
Eu gosto da maneira como ele relativiza os meus problemas, como os torna quase insignificantes. Como me apoia quando me sinto em baixo (e até quando diz que gosta de mim), como me dá os parabéns pelos bons resultados na escola, pela boa prestação num trabalho, pela boa acção…
Habituamo-nos à presença das pessoas nas coisas mais banais do dia-a-dia e quando nos chateamos fazem-nos uma falta incrível, com ele é assim... Com as nossas zangas. São dolorosas mas quando passam são esquecidas e torno a sentir-me inseparável dele outra vez. Quase tudo o que me acontece, principalmente as coisas normais do dia-a-dia, é discutido com ele. Com o seu mítico ‘mmh’ como resposta, ou o ‘ok’ quando a vontade de me aturar já desceu os níveis mínimos. Quase nunca se despede de mim com um beijo, nem asterisco mete nas conversas (a não ser que eu insista). Torna-se impossivelmente irritadiço com a miragem de um jogo do seu clube do coração e, em caso de derrota, escuso de tentar falar com ele. Tem um mau perder incrível.
Mas, é por tudo isto e por muitas mais coisas que nos damos bem, que falamos, que nos ouvimos. Porque de certa forma, fazemos parte da vida um do outro. Somos amigos.
PARABÉNS L.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Então?

'Hoje reparei que andas estranha, que se passa?'
(ah reparaste?) Não se passa nada (de bom). Está tudo bem (mal).
'Mesmo?'
Sim. Eu só estou (muito) cansada, sinto-me um pouco (grande) atrapalhada com tanto para fazer. Nada de grave. Eu (não) devo sobreviver a isto. [Rio-me]


E a desculpa é aceite. É, de facto sou boa actriz. Eu só queria um dia melhorzinho. Um dia de sol. Com raios quentes de abraços. Sem chuva de problemas, de necessidades, de trabalhos. Queria um clima ameno.
breve constatação: afinal a minha força não é ilimitada. (Não) aguento tanto como era necessário.