segunda-feira, 21 de abril de 2008

Coisas de sofá

Há coisas que me fazem confusão.
A necessidade de aumentar a importância que os outros têm para nós a fim daqueles com quem falamos o percebam, é uma delas.
Não devem ter percebido nada, por isso reparem nisto:
Amigo como irmão. Até parece que ser amigo por si só não é suficiente. E ser melhor amigo também não chega. É preciso compará-lo a um outro alguém que se presume próximo, íntimo e importante também e com o qual se têm até afinidades sanguíneas. Ou então o inverso,
Irmão como melhor amigo. Como se ser irmão não chegasse, é preciso clarificar, mostrar o quão irmão é para que possa ser considerado amigo. Ou ainda,
É (quase) como se fosse da família, quer dizer, não chega ser próximo, importante, melhor amigo ou amigo só, é quase como parente. Não que os parentes sejam (quase) como amigos, mas perceberam…
Existem ainda as segundas mães e segundos pais, que se presume que não sejam as mães mães e os pais pais mas que são tão (ou quase) importantes como se o fossem.
Ou então, quando não gostamos de alguém. Dizemos:
É mau como as cobras, pobrezinhas das piquenas e das grandes, mas o senhor gajo ou senhora moça são assim muitooo maus, perigosos e indigestos. São tão ruins como as coitadinhas das cobras, venenosas.
Mas fazemos isto também para as coisas ambientais, por exemplo:
Escuro como breu, isto porque existem escuros claros (?). Se é que me faço entender, existem escuros que não são muito escuros, são só escuros mais ou menos e para os diferenciar, temos de chamar aos escuros que são realmente escuros, escuros como breu.

Não sei se têm dúvidas destas, ou se se lembram de outros casos assim. Mas isto aflige-me. Mais ou menos.

8 comentários:

Mafalda disse...

Como um macaco gosta de banana eu gosto de ti!

Beijinhos doces como tu.

Nuno T disse...

Epá, estou a lembrar-me de uns, mas não posso escrever devido ao contexto pecaminoso em que se inserem! :p

bjs***

Miguel F. Carvalho disse...

é o velhito hábito de não conseguirmos ser nós próprios, nem nas qualidades nem nos defeitos...

Pipe Shadow disse...

Bem.....
Como anda essa cabeça!
Mas deixa, até tens uma certa razão.

bjs

paddy disse...

Eu até percebo as comparações, é para reforçar a força do sentimento.

*

guardanapo branco disse...

é habitual exacerbar as coisas do nosso mundo em jeito de reforçar a importância.

outras vezes há coisas que só se exacerbam pela palavra conjugada, sem adjectivos nem complementos.



=)

Patti disse...

Também gosto dos países estrangeiros.
É melhor vincar bem que são estrangeiros, não vá alguém pensar que são países nacionais.

seni disse...

nuno t: oooh. lol

Miguel: É mesmo.

Pipe: Anda linda, nao anda? lol (:

Paddy: Eu não, mas também as uso. xD

Guardanapo: tão bem que te explicas! :')

patti: Não me lembraria dessa. De facto...


Beijinhos